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18/01/2009 - 00h53

Exército de Israel começa a aplicar cessar-fogo unilateral em Gaza

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da Efe, em Gaza

O Exército de Israel começou a aplicar na madrugada deste domingo na Faixa de Gaza o cessar-fogo unilateral anunciado ontem à noite pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, após 22 dias de uma dura ofensiva militar na região palestina.

O cessar-fogo israelense entrou em vigor às 2h local de domingo (22h de sábado de Brasília), mas tinha sido rejeitado de antemão pelas milícias armadas de Gaza, lideradas pelo Hamas, que antes desse prazo intensificaram o lançamento de foguetes contra Israel.

Cerca de 30 projéteis disparados de Gaza caíram no sul do Estado judeu nas horas prévias ao início da cessação das hostilidades israelenses, embora sem causar danos pessoais, segundo fontes militares do Estado judeu.

Pelo menos dois foguetes Grad --com alcance de até 40 quilômetros e os de maior percurso com que o Hamas conta--, foram lançados quase de maneira simultânea perto da meia-noite, quando o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, anunciou a trégua.

Apesar do cessar-fogo, as forças terrestres israelenses que penetraram em Gaza há duas semanas continuam na região e só se retirarão quando Israel comprovar que as milícias detiveram o lançamento de foguetes, antecipou Olmert.

O primeiro-ministro israelense também advertiu que o exército de Israel se reserva o direito de responder em caso de as tropas de seu país serem alvo do fogo dos milicianos.

O anúncio da declaração da cessação das hostilidades por parte de Israel aconteceu minutos após o Hamas rejeitar previamente de Gaza uma trégua nessas condições.

"Nunca aceitaremos a presença de nenhum soldado (israelense) em Gaza, qualquer que seja o preço", disse Fawzi Barhoum, porta-voz do movimento islamita, em discurso perante as câmaras da televisão Al Aqsa, controlada pelo Hamas.

Barhoum leu um manifesto no qual assegurou que a proposta do inimigo para um cessar-fogo unilateral significa que o conflito de Gaza foi unilateral e realizado contra seu povo.

O porta-voz do movimento islamita exigiu que Israel cesse suas agressões, se retire de Gaza, ponha fim a seu bloqueio (da região) e abra todas as passagens.

O Hamas tinha rejeitado do exterior da faixa uma trégua unilateral desde que o governo israelense divulgou para a imprensa essa possibilidade.

A trégua coloca o movimento islamita em uma situação difícil, que enfrenta o dilema de continuar as hostilidades e arriscar-se a que Israel retome sua ofensiva, ou frear seus ataques, e dar a imagem de que o Estado judeu fixa para ele o seu calendário de atividades.

Em ambos os casos, sua posição nas negociações propostas pelo Egito ficaria debilitada. Essas gestões prosseguem com o apoio dos líderes europeus para tentar um acordo para uma trégua estável.

Em linha com o que foi antecipado por Barhoum, e uma vez que Olmert fez o anúncio de cessar-fogo, o braço armado do Hamas, as "Brigadas de Ezzedin al-Qassam", assegurou já de madrugada em comunicado que continuará a luta armada junto a outras facções palestinas.

O braço armado do Hamas advertiu que não deterá seus ataques "enquanto houver um soldado israelense na região e o bloqueio a Gaza continuar". Mas o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, fez uma leitura propícia do anúncio israelense, o que indicaria que o movimento islamita procura uma fórmula política para sair da situação difícil em que se encontra.

Em declarações a redes de televisão árabes, Hamedan felicitou "seu povo por sua vitória", e assegurou que "o inimigo sionista matou civis e causou destruição, mas fracassou em romper a fortaleza da resistência".

 

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