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26/12/2002
-
09h53
A Coréia do Norte recarregou com mil barras de combustível irradiado um reator nuclear em Yongbyon, que, com capacidade para 8.000 barras, está em condições de produzir plutônio para uso militar, segundo informações divulgadas hoje pela Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), em Viena (Áustria).
"Na data de hoje, foram instaladas mil barras novas de combustível no coração do reator do complexo nuclear de Yongbyon (ao norte de Pyongyang, a capital norte-coreana)", informou o porta-voz da AIEA, Mark Gowzdecky.
A atitude da Coréia do Norte deve aumentar a situação de mal-estar em que o país se encontra com os Estados Unidos, mas o goveno norte-americano ainda não fez nenhum comentário a respeito do assunto.
O recarregamento começou a ser feito ontem em um reator nuclear que tinha sido neutralizado pela ONU, que lacrara o local para evitar que ele fosse utilzado. Na semana passada, a Coréia do Norte anunciou que havia rompido os lacres da ONU.
A capacidade do reator, que tem uma potência de cinco megawatts, é de 8.000 mil barras, disse o porta-voz.
O secretário geral e porta-voz do governo japonês, Yasuo Fukuda, disse que Tóquio havia iniciado consultas com a Coréia do Sul, Estados Unidos e outros países.
O Japão "quer saber se a Coréia do Norte tem a intenção de ir mais longe".
Hoje, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, advertiu a Coréia do Norte para que não subestime a possibilidade de uma reação da comunidade internacional a suas recentes decisões relacionadas com a questão nuclear, que qualificou de "provocadoras".
"A Coréia do Norte não deve interpretar mal o estado de ânimo da comunidade internacional", declarou Koizumi à imprensa.
Ameaça
Após várias declarações oficiais e não-oficiais de que a Coréia do Norte teria mantido seu projeto de armas nucleares apesar de um acordo com os EUA em que prometia a interrupção desses trabalhos, o presidente norte-americano, George W. Bush, viu-se confrontado com uma crise potencial de guerra nuclear com Pyongyang (capital norte-coreana).
No dia 22 de dezembro, a Coréia do Norte declarou que começou a desmontar o sistema de vigilância instalado pelas Nações Unidas em suas centrais nucleares desativadas, desafiando assim a comunidade internacional e causando temor entre seus vizinhos.
Pyongyang começou "as tarefas de remoção das câmaras de monitoração das instalações nucleares que tinham sido congeladas para que possam operar normalmente na produção de eletricidade", informou a agência oficial de notícias do país, KCNA.
Em 12 de dezembro passado, a Coréia do Norte tinha anunciado que ia reativar seus reatores nucleares que produzem plutônio -desativados após a assinatura, em 1994, de um acordo com os Estados Unidos- para produzir energia.
Segundo o acordo de 1994, Coréia do Norte se comprometia a congelar suas instalações em troca da construção por um consórcio ocidental de dois reatores que poderiam servir para fins militares. Para compensar a perda de energia, os Estados Unidos deviam entregar a Pyonyang 500 mil toneladas de combustível por ano até o final da construção das novas centrais.
Washington suspendeu em novembro a entrega do combustível, alegando que Pyongyang tinha reconhecido a existência de outro programa nuclear militar secreto, na base do urânio enriquecido.
Pyongyang desmentiu, dizendo que só declarou que o país tinha o direito de possuir arma atômica.
Com agências internacionais
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Coréia do Norte recarrega reator com mil barras de combustível
da Folha OnlineA Coréia do Norte recarregou com mil barras de combustível irradiado um reator nuclear em Yongbyon, que, com capacidade para 8.000 barras, está em condições de produzir plutônio para uso militar, segundo informações divulgadas hoje pela Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), em Viena (Áustria).
"Na data de hoje, foram instaladas mil barras novas de combustível no coração do reator do complexo nuclear de Yongbyon (ao norte de Pyongyang, a capital norte-coreana)", informou o porta-voz da AIEA, Mark Gowzdecky.
A atitude da Coréia do Norte deve aumentar a situação de mal-estar em que o país se encontra com os Estados Unidos, mas o goveno norte-americano ainda não fez nenhum comentário a respeito do assunto.
O recarregamento começou a ser feito ontem em um reator nuclear que tinha sido neutralizado pela ONU, que lacrara o local para evitar que ele fosse utilzado. Na semana passada, a Coréia do Norte anunciou que havia rompido os lacres da ONU.
A capacidade do reator, que tem uma potência de cinco megawatts, é de 8.000 mil barras, disse o porta-voz.
O secretário geral e porta-voz do governo japonês, Yasuo Fukuda, disse que Tóquio havia iniciado consultas com a Coréia do Sul, Estados Unidos e outros países.
O Japão "quer saber se a Coréia do Norte tem a intenção de ir mais longe".
Hoje, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, advertiu a Coréia do Norte para que não subestime a possibilidade de uma reação da comunidade internacional a suas recentes decisões relacionadas com a questão nuclear, que qualificou de "provocadoras".
"A Coréia do Norte não deve interpretar mal o estado de ânimo da comunidade internacional", declarou Koizumi à imprensa.
Ameaça
Após várias declarações oficiais e não-oficiais de que a Coréia do Norte teria mantido seu projeto de armas nucleares apesar de um acordo com os EUA em que prometia a interrupção desses trabalhos, o presidente norte-americano, George W. Bush, viu-se confrontado com uma crise potencial de guerra nuclear com Pyongyang (capital norte-coreana).
No dia 22 de dezembro, a Coréia do Norte declarou que começou a desmontar o sistema de vigilância instalado pelas Nações Unidas em suas centrais nucleares desativadas, desafiando assim a comunidade internacional e causando temor entre seus vizinhos.
Pyongyang começou "as tarefas de remoção das câmaras de monitoração das instalações nucleares que tinham sido congeladas para que possam operar normalmente na produção de eletricidade", informou a agência oficial de notícias do país, KCNA.
Em 12 de dezembro passado, a Coréia do Norte tinha anunciado que ia reativar seus reatores nucleares que produzem plutônio -desativados após a assinatura, em 1994, de um acordo com os Estados Unidos- para produzir energia.
Segundo o acordo de 1994, Coréia do Norte se comprometia a congelar suas instalações em troca da construção por um consórcio ocidental de dois reatores que poderiam servir para fins militares. Para compensar a perda de energia, os Estados Unidos deviam entregar a Pyonyang 500 mil toneladas de combustível por ano até o final da construção das novas centrais.
Washington suspendeu em novembro a entrega do combustível, alegando que Pyongyang tinha reconhecido a existência de outro programa nuclear militar secreto, na base do urânio enriquecido.
Pyongyang desmentiu, dizendo que só declarou que o país tinha o direito de possuir arma atômica.
Com agências internacionais
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