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14/01/2003
-
13h01
O pedido da oposição venezuelana para que a Colômbia e o Brasil sejam excluídos de qualquer grupo de países organizado para ajudar a romper o impasse político na Venezuela é uma mostra de arrogância e ignorância, afirmou hoje o chanceler venezuelano, Roy Chaderton.
"Essa é uma demonstração da arrogância dos representantes da oposição, que não somente desconhecem a realidade de seu país, e por isso fracassaram em sua greve golpista, mas também ignoram também a realidade internacional como se demonstra com sua pretensão inaudita de impor vetos à comunidade internacional", afirmou Chaderton.
A declaração do chanceler é uma resposta ao deputado opositor Timoteo Zambrano, que disse ontem em Washington que a oposição venezuelana não quer que nenhum país vizinho integre o grupo de países amigos que contribuirá na busca de uma solução para a crise venezuelana.
Segundo Timoteo Zambrano, deputado que se opõe a Chávez, tanto o Brasil quanto a Colômbia deveriam abster-se de participar do grupo devido a suas fronteiras com a Venezuela e "pelo conjunto de interesses geopolíticos e bilaterais que cada país vizinho de outros tem".
"Ao definir quem participa, deve-se observar um pré-requisito básico, o que até agora tem sido uma doutrina na ONU [Organização das Nações Unidas], que países vizinhos territorialmente não participem do grupo de amigos", disse Zambrano.
Em dezembro, o Brasil enviou um carregamento de gasolina para atenuar a falta de combustível no país, quinto exportador de petróleo do mundo. A oposição classificou o gesto como pouco "amigável".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dizendo que só tomará parte em um esforço diplomático se os dois grupos envolvidos na crise venezuelana concordarem com a participação brasileira.
A iniciativa de formar um grupo de amigos da Venezuela será apresentada por Lula amanhã em Quito, durante uma reunião com vários presidentes latino-americanos, à margem da posse do presidente eleito do Equador, Lucio Gutiérrez.
A idéia da formação de um grupo de amigos da Venezuela foi inicialmente solicitada em dezembro passado por Chávez ao enviado de Lula a Caracas, Marco Aurélio Garcia.
Na sexta-feira (10), os EUA se apropriaram da idéia ao decidirem intervir nas negociações para solucionar a crise venezuelana. Anunciaram, como se fosse dos EUA, a idéia de se formar um "grupo de amigos da Venezuela".
A economia venezuelana está paralisada há 44 dias por uma greve geral, convocada para forçar Chávez a aceitar um referendo sobre seu mandato, renunciar ou convocar eleições antecipadas.
Chávez, cujo mandato vence em janeiro de 2007, diz que não renunciará e que cumprirá a Constituição, que só permite a realização de uma consulta popular a partir de agosto, quando seu governo chega à metade.
Com agências internacionais
Leia mais:
Oposição quer Brasil fora de negociação na Venezuela
Leia mais no especial Venezuela
Veto ao Brasil é "arrogância", diz chanceler venezuelano
da Folha OnlineO pedido da oposição venezuelana para que a Colômbia e o Brasil sejam excluídos de qualquer grupo de países organizado para ajudar a romper o impasse político na Venezuela é uma mostra de arrogância e ignorância, afirmou hoje o chanceler venezuelano, Roy Chaderton.
"Essa é uma demonstração da arrogância dos representantes da oposição, que não somente desconhecem a realidade de seu país, e por isso fracassaram em sua greve golpista, mas também ignoram também a realidade internacional como se demonstra com sua pretensão inaudita de impor vetos à comunidade internacional", afirmou Chaderton.
A declaração do chanceler é uma resposta ao deputado opositor Timoteo Zambrano, que disse ontem em Washington que a oposição venezuelana não quer que nenhum país vizinho integre o grupo de países amigos que contribuirá na busca de uma solução para a crise venezuelana.
Segundo Timoteo Zambrano, deputado que se opõe a Chávez, tanto o Brasil quanto a Colômbia deveriam abster-se de participar do grupo devido a suas fronteiras com a Venezuela e "pelo conjunto de interesses geopolíticos e bilaterais que cada país vizinho de outros tem".
"Ao definir quem participa, deve-se observar um pré-requisito básico, o que até agora tem sido uma doutrina na ONU [Organização das Nações Unidas], que países vizinhos territorialmente não participem do grupo de amigos", disse Zambrano.
Em dezembro, o Brasil enviou um carregamento de gasolina para atenuar a falta de combustível no país, quinto exportador de petróleo do mundo. A oposição classificou o gesto como pouco "amigável".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dizendo que só tomará parte em um esforço diplomático se os dois grupos envolvidos na crise venezuelana concordarem com a participação brasileira.
A iniciativa de formar um grupo de amigos da Venezuela será apresentada por Lula amanhã em Quito, durante uma reunião com vários presidentes latino-americanos, à margem da posse do presidente eleito do Equador, Lucio Gutiérrez.
A idéia da formação de um grupo de amigos da Venezuela foi inicialmente solicitada em dezembro passado por Chávez ao enviado de Lula a Caracas, Marco Aurélio Garcia.
Na sexta-feira (10), os EUA se apropriaram da idéia ao decidirem intervir nas negociações para solucionar a crise venezuelana. Anunciaram, como se fosse dos EUA, a idéia de se formar um "grupo de amigos da Venezuela".
A economia venezuelana está paralisada há 44 dias por uma greve geral, convocada para forçar Chávez a aceitar um referendo sobre seu mandato, renunciar ou convocar eleições antecipadas.
Chávez, cujo mandato vence em janeiro de 2007, diz que não renunciará e que cumprirá a Constituição, que só permite a realização de uma consulta popular a partir de agosto, quando seu governo chega à metade.
Com agências internacionais
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