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28/01/2003
-
14h11
A imprensa americana reagiu com dureza à apresentação do relatório dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o desarmamento iraquiano. "Sem outras oportunidades", diz o "Washington Post"; "Saddam falhou no teste", declara o "Washington Times"; "Violação flagrante", afirma o "Wall Street Journal".
Apenas o "New York Times" manteve uma postura mais diplomática, considerando que "as conclusões dos inspetores pedem mais tempo [...]. A Casa Branca não deveria ficar impaciente para invadir o Iraque. A guerra pode ser suja e sangrenta", declarou o jornal.
Os outros jornais são mais agressivos.
Hans Blix, chefe dos inspetores de armas da ONU "apresentou um catálogo devastador de mentiras, omissões e ocultações após a adoção da resolução 1441 há dois meses e meio", disse o "Washington Post" em seu editorial, no qual o jornal também pergunta: "De que adianta seguir com as inspeções?".
Para o "Wall Street Journal", "Blix não usou as palavras 'violação flagrante' para descrever as afrontas do Iraque no processo de desarmamento. Porém, não sabemos como interpretar de outra maneira o fato do Iraque não ter apresentado uma declaração completa de suas armas de destruição em massa".
Em seu editorial, o "Washington Times" afirmou que um "grande número de americanos está em duvida, indicando que o apoio da ONU é necessário. Porém, escutem o que dizem os inspetores: o Iraque não se desarma, o Iraque não coopera, o Iraque não se submete à resolução 1441 [...]. Lembrem disso", disse o jornal conservador.
"Saddam Hussein é o homem mais perigoso do planeta no momento e é difícil encontrar alguém que se pareça tanto com o diabo como ele", declarou o "Washington Times".
Inspeções
Após dois meses de inspeções, Blix apresentou ontem ao Conselho de Segurança um balanço da cooperação do Iraque com os especialistas da ONU.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, estimou que o Iraque não entregou nenhuma informação concreta aos inspetores e à comunidade internacional, e que não tem "muito mais tempo" para se submeter às exigências da ONU quanto ao seu desarmamento.
O vice-premiê iraquiano, Tarek Aziz, prometeu em uma entrevista à TV canadense uma cooperação maior de seu país, mas ameaçou atacar o Kuait caso este sirva de base para uma operação americana contra o Iraque.
Segundo Aziz, só existem dois pontos de divergência entre o Iraque e os inspetores: o vôo de aviões espiões U-2 e as condições em que são realizadas as entrevistas com os cientistas iraquianos.
Os especialistas em desarmamento continuaram hoje suas inspeções, visitando sete instalações em Bagdá e arredores, segundo autoridades iraquianas.
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Imprensa americana reage com dureza a relatório da ONU
da France Presse, em WashingtonA imprensa americana reagiu com dureza à apresentação do relatório dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o desarmamento iraquiano. "Sem outras oportunidades", diz o "Washington Post"; "Saddam falhou no teste", declara o "Washington Times"; "Violação flagrante", afirma o "Wall Street Journal".
Apenas o "New York Times" manteve uma postura mais diplomática, considerando que "as conclusões dos inspetores pedem mais tempo [...]. A Casa Branca não deveria ficar impaciente para invadir o Iraque. A guerra pode ser suja e sangrenta", declarou o jornal.
Os outros jornais são mais agressivos.
Hans Blix, chefe dos inspetores de armas da ONU "apresentou um catálogo devastador de mentiras, omissões e ocultações após a adoção da resolução 1441 há dois meses e meio", disse o "Washington Post" em seu editorial, no qual o jornal também pergunta: "De que adianta seguir com as inspeções?".
Para o "Wall Street Journal", "Blix não usou as palavras 'violação flagrante' para descrever as afrontas do Iraque no processo de desarmamento. Porém, não sabemos como interpretar de outra maneira o fato do Iraque não ter apresentado uma declaração completa de suas armas de destruição em massa".
Em seu editorial, o "Washington Times" afirmou que um "grande número de americanos está em duvida, indicando que o apoio da ONU é necessário. Porém, escutem o que dizem os inspetores: o Iraque não se desarma, o Iraque não coopera, o Iraque não se submete à resolução 1441 [...]. Lembrem disso", disse o jornal conservador.
"Saddam Hussein é o homem mais perigoso do planeta no momento e é difícil encontrar alguém que se pareça tanto com o diabo como ele", declarou o "Washington Times".
Inspeções
Após dois meses de inspeções, Blix apresentou ontem ao Conselho de Segurança um balanço da cooperação do Iraque com os especialistas da ONU.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, estimou que o Iraque não entregou nenhuma informação concreta aos inspetores e à comunidade internacional, e que não tem "muito mais tempo" para se submeter às exigências da ONU quanto ao seu desarmamento.
O vice-premiê iraquiano, Tarek Aziz, prometeu em uma entrevista à TV canadense uma cooperação maior de seu país, mas ameaçou atacar o Kuait caso este sirva de base para uma operação americana contra o Iraque.
Segundo Aziz, só existem dois pontos de divergência entre o Iraque e os inspetores: o vôo de aviões espiões U-2 e as condições em que são realizadas as entrevistas com os cientistas iraquianos.
Os especialistas em desarmamento continuaram hoje suas inspeções, visitando sete instalações em Bagdá e arredores, segundo autoridades iraquianas.
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