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30/01/2003 - 08h12

EUA preparam 2ª reunião com opositores iraquianos sobre petróleo

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da Folha Online

O governo dos EUA anunciou ontem que realizará uma segunda reunião com representantes da oposição iraquiana, neste fim de semana, para conversar sobre petróleo.

Segundo o Departamento de Estado, cerca de 15 integrantes da oposição iraquiana e especialistas internacionais do setor petrolífero e energético vão participar do encontro, que acontece amanhã e sábado (1).

A pauta da reunião inclui o estado atual desses setores, planos para o reparo das instalações petroleiras, caso o governo de Saddam Hussein decida atacá-la, e a maneira de administrar o setor, informou o Departamento de Estado numa nota.

Um alto responsável militar americano declarou na semana passada que os Estados Unidos estavam elaborando planos destinados a intervir rapidamente para proteger os campos de petróleo iraquianos, no caso de destruições iniciadas pelo regime de Saddam.

"Há um certo número de indicações, procedentes de fontes de inteligência confiáveis de que estas ações foram preparadas e que podem, inclusive, ter começado em alguns lugares", disse uma autoridade dos EUA que pediu para não ser identificada.

Passado

O Iraque está localizado em um território que é o segundo maior campo de petróleo do mundo, e muitos dizem que o principal interesse dos EUA está no produto, inclusive líderes de países europeus e de outras partes do mundo. Verdade ou não, o passado do presidente norte-americano acaba deixando dúvidas sobre seu real interesse em derrubar o presidente Iraquiano, Saddam Hussein. Bush atuou como alto executivo da empresa petrolífera Arbusto Energy/Bush Exploration entre 1978 e 1984. Mais tarde, trabalhou como executivo-sênior da companhia petrolífera Harken (1986-1990).

Fotomontagem
Condoleezza Rice, assessora dos EUA para segurança, George W. Bush, presidente dos EUA, e o vice-presidente Dick Cheney
Seu vice, Dick Cheney, também já esteve diretamente ligado ao setor petrolífero no período de 1995 a 2000. Ele foi executivo-chefe da companhia petrolífera Halliburton. Ademais, a conselheira norte-americana para assuntos de segurança nacional de Bush, Condoleezza Rice, atuou como executiva-sênior da companhia petrolífera Chevron, que batizou um petroleiro com o nome dela, entre 1991 e 2000.

Crise

Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.

O desarmamento dos arsenais de destruição em massa e mísseis iraquianos foi determinado pela ONU após a Guerra do Golfo (1991) como uma punição ao Iraque, que invadiu o Kuait em 1990.

Entre 1991 e 1998, a Comissão Especial da ONU para o Desarmamento do Iraque visitou dezenas de locais e destruiu grande quantidade de armas.

O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.

A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Caso contrário, o Iraque enfrentará "sérias consequências".

Até o momento, os inspetores de armas não encontraram nenhum tipo de prova contra o Iraque, embora tenham afirmado na segunda-feira (27), por meio do chefe do grupo, Hans Blix, que o país não estava cooperando tanto quanto deveria. Na quarta-feira (5), Bush prometeu apresentar ao Conselho de Segurança provas reais de que o Iraque possui armas de destruição em massa. Tanto os EUA como o Reino Unido já anunciaram anteriormente possuir tais provas, mas nunca nenhum tipo de documento foi apresentado publicamente.

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