08/02/2003 - 13h19

Prefeito colombiano é assassinado a tiros

da Folha Online

O prefeito da cidade de Cabrera, Gilberto Cruz, foi assassinado ontem a tiros por homens que o cercaram em uma aldeia da região, informou hoje a polícia do Estado de Cundinamarca, cuja capital é Bogotá.

Cruz, que era do Partido Liberal e tinha três filhos, foi atacado quando se dirigia à aldeia de Mundo Nuevo, próxima a Cabrera, 60 km ao sudoeste de Bogotá, em companhia de outras pessoas que saíram ilesas do atentado. As informações constam de um comunicado oficial da polícia.

O comando da polícia de Cundinamarca disse desconhecer, neste momento, os motivos do crime e a identidade dos atiradores.

Emissoras de rádio lembraram que em Cabrera e em outras cidades de Cundinamarca operam os rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e paramilitares de extrema direita, inimigos entre si.

As Farc, que, segundo estimativas, têm 17 mil integrantes, começaram no ano passado uma campanha de ameaças aos funcionários municipais do país. Segundo fontes oficiais, em 2002 foram assassinados 13 prefeitos e 63 vereadores em várias cidades do país.

Autoridades regionais alertaram, em janeiro, que essa campanha tende a agravar-se em toda a Colômbia. O governo do presidente Álvaro Uribe começou um plano de segurança para tentar conter os guerrilheiros e paramilitares mas admite que não há forças policiais em 200 das 1.098 cidades colombianas.

Ministro desaparecido

Ontem pela manhã, um helicóptero que participava das buscas de um avião que desapareceu com cinco passageiros, entre eles o ministro colombiano de Proteção Social, Juan Luis Londoño, foi atingido pela guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Apesar de atingido, o helicóptero conseguiu retorar à base. Todos os cinco tripulantes saíram ilesos do incidente.

As autoridades do setor de aviação da Colômbia afirmaram que a torre de controle perdeu contato com o avião 15 minutos depois de decolar da cidade de Giradot, na noite de quinta-feira (6).

Os controladores de vôo não receberam nenhum pedido de socorro ou alerta de emergência do piloto da aeronave, que viajava sob boas condições meteorológicas.

Além de Londoño, o piloto, uma secretária, um assessor e o chefe de segurança do ministro estavam a bordo do avião desaparecido. O avião ainda não foi encontrado. Equipes da polícia retomaram as buscas.

Com agências internacionais