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15/02/2003 - 23h46

Milhões de pacifistas saem às ruas contra guerra ao Iraque

da Folha Online

Milhões de pacifistas saíram às ruas hoje em mais de 60 países de todo o mundo para demonstrar oposição à guerra contra o Iraque. As manifestações na Europa foram as que tiveram maior adesão. Em Roma, 3 milhões de pessoas participaram da marcha da paz, e, em Londres, o ato teve a adesão de um 750 mil pessoas, segundo dados oficiais.

A Prefeitura de Roma se recusou a confirmar o número de participantes na manifestação pacifista e que os números oficiais seriam divulgados no final do dia. No entanto, organizadores afirmam que cerca de 3 milhões de pessoas participaram da marcha de apelo à paz.

Pelo menos 750 mil pessoas se concentraram no Hyde Park, tradicional parque de Londres. A manifestação superou a expectativa de reunir 500 mil pessoas e é um das maiores da história da cidade.

Além disso, o volumoso protesto é um duro golpe para o premiê britânico Tony Blair, o principal aliado do presidente norte-americano George W. Bush no projeto de lançar uma ataque militar contra o Iraque.

Em Berlim, o ato contra a guerra atraiu entre 150 mil e 200 mil pessoas, segundo a polícia, participam beste sábado à tarde em Berlim (Alemanha) de uma gigantesca manifestação contra a guerra.

Agitando bandeiras, os manifestantes também carregam cartazes, com dizeres como 'Não a um ataque no Iraque', 'O eixo do Mal passa pelo Pentágono" e 'Schröder não é guerreiro de Bush'.

Veteranos da Guerra do Golfo

Mais de 200 mil pessoas foram às ruas de Paris para dizer não à guerra, segundo números parciais divulgados pelos organizadores. A polícia informou que anunciará um balanço mais tarde.

A liderança do movimento chegou à Praça da Bastilha, centro da manifestação, às 16h30 locais (13h30 de Brasília), enquanto centenas de pessoas ainda não tinham saído da Praça Denfert-Rochereau, situada no sul da capital e onde a concentração teve início.

Dezenas de veteranos franceses da Guerra do Golfo (1991) abriram a manifestação, que contou com a presença de franceses de todas as tendências políticas, americanos contrários à posição do presidente norte-americano, George W. Bush, árabes que agitavam bandeiras iraquianas e palestinas, muçulmanas com o rosto coberto, além de vários latino-americanos, principalmente venezuelanos, denunciando o 'imperialismo' no continente.

'Nem Bush, Nem Saddam, Nem Aznar', dizia o cartaz de um espanhol radicado em Paris, enquanto o grupo iraquiano defendia seu país com os cartazes 'Iraque não é Saddam' e 'Saddam não é o Iraque'.

'Abaixo Saddam!, abaixo Bush!, liberdade para o povo iraquiano', gritavam um grupo de manifestantes de um lado e, mais à frente, outros diziam 'Bush e Sharon, assassinos!'.

Américas

Manifestações representativas também aconteceram em todo o continente americano, da Argentina ao Canadá.

Neste último, nem o frio de -20ºC foi capaz de impedir que milhares de pessoas se reunissem em diversas cidade _entre elas, Toronto e Montreal_ para pedir paz.

Manifestações também reuniram milhares de pessoas nos EUA, país que mais incentiva o desarmamento do Iraque por meio de uma ação militar.

No Brasil, a maior manifestação acontece em São Paulo, com a presença de 10 mil a 20 mil pessoas, segundo organizadores. Também houve protestos em outras 25 capitais do país, com apoio de diversos integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Protestos na Ásia

Após australianos e neozelandeses darem início aos protestos contra guerra ao Iraque, milhares de japoneses e de muçulmanos saíram hoje às ruas em manifestações pacifistas na Ásia.

Cerca de 2 mil pessoas se aglomeraram em frente às Embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido no centro de Bancoc (Tailândia) e bloquearam o tráfego por 90 minutos antes de se dirigirem a um parque da cidade para ouvir pronunciamentos contra a ação do governo norte-americano.

A polícia informou que outras 10 mil pessoas se reuniram perto de um aeroporto em Pattani, no sul tailandês e com predominância de muçulmanos, para repudiar o governo do presidente norte-americano, Gerge W. Bush.

'Mesmo sabendo que a França, Rússia e China devem vetar qualquer resolução das Nações Unidas para usar a força contra o Iraque, Bush pode ignorar a opinião mundial e invadir o país', disse Niti Hasan, secretário-geral da Organização Muçulmana da Tailândia.

Com agências internacionais

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