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01/03/2003 - 10h41

Síria não quer "facilidades" para guerra; Emirados Árabes sugerem exílio

da Folha Online

O presidente da Síria, Bachar Al Assad, pediu hoje aos países árabes, durante a reunião da Liga Árabe, que acontece em Sharm el Sheik (Egito), que não dêem facilidades militares aos Estados Unidos para uma guerra contra o Iraque.

"Proponho adotar uma resolução proclamando a necessidade de não se conceder facilidades militares para a guerra", disse o presidente sírio.

"Nós não pedimos o fechamento de bases, já que se trata de uma questão de soberania, mas o importante é que as forças (de ataque) não saiam das fronteiras dos países onde tropas estão posicionadas", acrescentou.

O pedido sírio foi dirigido a vários países do golfo Pérsico, principalmente Kuait e Qatar, que recebem a maior parte das tropas americanas posicionadas na região, para uma eventual guerra contra o Iraque.

Exílio

Hoje, os Emirados Árabes Unidos apresentaram aos países árabes presentes à reunião uma proposta para que líderes iraquianos, inclusive o presidente Saddam Hussein, deixem o Iraque a fim de evitar a guerra.

A proposta sugere que sejam oferecidos aos líderes iraquianos "todos os privilégios apropriados para deixar (o Iraque) em duas semanas após aceitar a iniciativa árabe".

Foi a primeira vez que um Estado árabe pediu oficialmente que autoridades iraquianas deixem o poder e saiam do Iraque -solução que, segundo comentários anteriores de Washington, pode livrar a volátil região de uma nova guerra. Saddam já afirmou que prefere morrer a ir para o exílio.

Na primeira reação à proposta, o ministro do Exterior saudita Saud al-Faisal disse que a idéia não está totalmente amadurecida e será discutida amplamente.

"Estamos certos de que os Emirados Árabes, sob a liderança do (presidente) Sheikh Zaid, não vai levantar nenhuma questão que não seja do interesse árabe", afirmou. Até o momento, não houve nenhuma outra reação imediata à proposta por parte dos participantes do encontro.

A Liga Árabe cogita a possibilidade de enviar uma delegação a Bagdá para exortar o presidente iraquiano, Saddam Hussein, a cooperar mais com os inspetores de armas da ONU, mas, ao menos oficialmente.

A organização promove hoje uma reunião para tentar chegar a uma posição comum sobre a crise no Iraque. Formada por 22 países, a Liga Árabe também deve pedir que Israel "não explore" o conflito com o Iraque.

Com agências internacionais
 

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