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18/03/2003
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08h57
Os Estados Unidos assumem "uma grande responsabilidade ante Deus e a história", afirmou hoje o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, depois do ultimato do presidente dos EUA, George W. Bush, intimando o ditador iraquiano Saddam Hussein a deixar o poder em um prazo de 48 horas.
"Quem decide que todos os meios pacíficos que o direito internacional põe à sua disposição estão esgotados, assume uma grande responsabilidade ante Deus, sua consciência e a história", afirmou o porta-voz do Vaticano, em um comunicado.
O Vaticano disse que não fechará sua embaixada no Iraque, mesmo em caso de guerra.
O comentário de Navarro-Valls foi a primeira reação oficial do Vaticano ao ultimato de Bush, que deu na noite de ontem um prazo de 48 horas para que Saddam e seus filhos deixem o Iraque ou enfrentem uma ação militar.
Bush pode ter pouca esperança de que Saddam cumpra o prazo, mas em discurso pela televisão defendeu o direito dos Estados Unidos de fazer a guerra em desafio a aliados na ONU (Organização das Nações Unidas) como a França, que voltou hoje a condenar a posição norte-americana.
"O tirano irá em breve", prometeu Bush em discurso de 13 minutos na Casa Branca transmitido ao povo norte-americano e direcionado também às Forças Armadas iraquianas, a quem Bush pediu que se rendam.
"Todas as décadas de fraude e crueldade chegaram ao fim agora. Saddam Hussein e seus filhos devem deixar o Iraque dentro de 48 horas. Se não o fizerem, isso resultará em conflito militar, a ser iniciado no momento de nossa escolha", declarou Bush.
O prazo final ocorre às 22h15 de amanhã (horário de Brasília).
Estados Unidos e Reino Unido têm 280 mil soldados na região do golfo Pérsico, posicionados para invadir o Iraque no que Bush classifica de ataque preventivo com objetivo de acabar com a suposta capacidade de Saddam de usar armas químicas, biológicas ou nucleares, ou de fornecer tais armas a grupos muçulmanos como a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Horas após o discurso de Bush, os inspetores de armas da ONU deixaram sua sede na periferia de Bagdá e foram para o aeroporto.
No deserto do Kuait, soldados norte-americanos estavam fechando barracas e preparando equipamento para a invasão, que deve acontecer em dias, provavelmente após um bombardeio pesado.
"Finalmente estamos indo para algum lugar. Estamos indo para a guerra", disse o sargento Robert Vennebush, 25, de uma unidade de engenharia, após ouvir o que Bush disse a Saddam.
Com agências internacionais
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EUA assumem "grave responsabilidade", diz Vaticano
da Folha OnlineOs Estados Unidos assumem "uma grande responsabilidade ante Deus e a história", afirmou hoje o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, depois do ultimato do presidente dos EUA, George W. Bush, intimando o ditador iraquiano Saddam Hussein a deixar o poder em um prazo de 48 horas.
"Quem decide que todos os meios pacíficos que o direito internacional põe à sua disposição estão esgotados, assume uma grande responsabilidade ante Deus, sua consciência e a história", afirmou o porta-voz do Vaticano, em um comunicado.
O Vaticano disse que não fechará sua embaixada no Iraque, mesmo em caso de guerra.
O comentário de Navarro-Valls foi a primeira reação oficial do Vaticano ao ultimato de Bush, que deu na noite de ontem um prazo de 48 horas para que Saddam e seus filhos deixem o Iraque ou enfrentem uma ação militar.
Bush pode ter pouca esperança de que Saddam cumpra o prazo, mas em discurso pela televisão defendeu o direito dos Estados Unidos de fazer a guerra em desafio a aliados na ONU (Organização das Nações Unidas) como a França, que voltou hoje a condenar a posição norte-americana.
"O tirano irá em breve", prometeu Bush em discurso de 13 minutos na Casa Branca transmitido ao povo norte-americano e direcionado também às Forças Armadas iraquianas, a quem Bush pediu que se rendam.
"Todas as décadas de fraude e crueldade chegaram ao fim agora. Saddam Hussein e seus filhos devem deixar o Iraque dentro de 48 horas. Se não o fizerem, isso resultará em conflito militar, a ser iniciado no momento de nossa escolha", declarou Bush.
O prazo final ocorre às 22h15 de amanhã (horário de Brasília).
Estados Unidos e Reino Unido têm 280 mil soldados na região do golfo Pérsico, posicionados para invadir o Iraque no que Bush classifica de ataque preventivo com objetivo de acabar com a suposta capacidade de Saddam de usar armas químicas, biológicas ou nucleares, ou de fornecer tais armas a grupos muçulmanos como a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Horas após o discurso de Bush, os inspetores de armas da ONU deixaram sua sede na periferia de Bagdá e foram para o aeroporto.
No deserto do Kuait, soldados norte-americanos estavam fechando barracas e preparando equipamento para a invasão, que deve acontecer em dias, provavelmente após um bombardeio pesado.
"Finalmente estamos indo para algum lugar. Estamos indo para a guerra", disse o sargento Robert Vennebush, 25, de uma unidade de engenharia, após ouvir o que Bush disse a Saddam.
Com agências internacionais
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