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18/03/2003 - 17h41

Conheça o avião de guerra "invisível" B-2

da France Presse, em Washington

O avião "invisível" B-2 é o aparelho militar mais caro do mundo e raramente abandona seu hangar climatizado, mas, quando voa em missão de ataque, é espetacularmente efetivo para iniciar uma guerra.

Seu objetivo é penetrar em território inimigo e "derrubar a porta" na primeira noite de um conflito.

O B-2 executou essa missão em Kosovo e no Afeganistão. Sua utilização foi criticada por especialistas que acreditam que se trata de um "rei do hangar", muito caro para se arriscar em apenas uma batalha.

Com um custo de US$ 2,1 bilhões por exemplar, o B-2 tem design e pintura especiais, que absorvem as ondas de radar e o tornam quase impossível de ser detectado.

O coronel Doug Raaberg, comandante dos B-2 da Força Aérea dos Estados Unidos, admitiu que o aparelho não é absolutamente invisível, mas esclareceu: "Quando nos encontram, já fomos".

Isso transforma o avião numa arma poderosa para atacar alvos muito bem protegidos, como bunkers de líderes, centros de comando, aeroportos, centros de defesa área ou radares. Os Estados Unidos possuem 21 aviões do tipo B-2, construídos pela empresa Northrop Grumman, que entraram em serviço em 1989.

O avião pode transportar bombas de 900 quilos guiadas por satélites, entre elas as perfuradoras de bunkers.

O B-2 também é o único avião militar americano capaz de lançar bombas GBU-37 de 2.250 quilos, que têm poder suficiente para perfurar rochas e concreto antes de explodir. Cada aparelho pode transportar oito dessas bombas, o que o coloca na condição de principal candidato para qualquer missão com o objetivo de matar o presidente iraquiano, Saddam Hussein.

Também pode transportar 16 mísseis ar-terra JASSM, de 290 quilômetros de alcance, e bombas JSOW, que disseminam bombas de fragmentação.

O problema desses aviões é sua delicada manutenção e conservação. Sua pintura de cobertura é muito sensível ao calor e à umidade, e requer uma atenção extrema depois de cada missão.

Nos conflitos anteriores, o manual de manutenção obrigava seu retorno à base aérea de Whiteman (Missouri) depois de cada incursão.

Durante a guerra no Afeganistão, os dois homens de sua tripulação tinham que voar 44 horas entre ida e volta ao objetivo, o que obrigava vários reabastecimentos durante cada missão.

Para evitar esses inconvenientes, a Força Aérea possui agora hangares especialmente climatizados na ilha Diego García, no Oceano Índico, e em Faiford (Inglaterra). Estacionados mais próximos do golfo Pérsico, poderão realizar um número maior de missões.

Com agências internacionais

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