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09/03/2009 - 10h44

Seul minimiza ameaça e diz que Coreia do Norte faz "retórica política"

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da Folha Online

O governo da Coreia do Sul minimizou a ameaça de guerra da Coreia do Norte de entrar em guerra caso haja a intercepção de seu satélite e afirmou que o discurso de Pyongyang é apenas "retórica política".

"Nós acreditamos que o alerta do [Coreia do] Norte é parte de sua retórica política, não uma medida prática", disse Won Tae-jae, porta-voz do Ministério de Defesa Nacional da Coreia do Sul, citado pelo jornal "The Korea Times". "Mas nossos militares mantêm a posição firme de lidar seriamente com qualquer movimento norte-coreano de tomar tal ação."

AP
Membros da Marinha americana participam de exercício militar com Seul; tensão foi agravada
Membros da Marinha americana participam de exercício militar com Seul; tensão foi agravada

A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira que colocou suas tropas em estado de alerta, no primeiro dia de manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região, o que o regime comunista considera o prenúncio de uma invasão de seu território.

O comandante das Forças Combinadas da Coreia do Sul e Estados Unidos (CFC, na sigla em inglês) reiterou contudo que os exercícios militares são apenas "defensivos". "Estes exercícios são feitos para ajudar a treinar, ensinar e coordenar os membros das tropas de ambos os países enquanto exercitam a capacidade dos líderes de tomar decisões", explicou o general Walter Sharp, citado pelo "Korea Times".

Segundo Sharp, o principal objetivo dos exercícios é garantir que o comando esteja pronto para defender a Coreia do Sul caso seja necessário.

Pyongyang acusa reiteradamente os EUA e Seul de ter intenções militares contra o país com os exercícios militares, realizados anualmente e com duração de doze dias, mas o tom das críticas deste ano foi mais duro e militarista.

O governo norte-coreano afirmou que os exercícios são uma provocação que aconteceria apenas "na véspera de uma guerra" e ameaçou encerra a linha com os militares sul-coreanos --a única linha telefônica entre os dois exércitos que estão concentrados entre a fronteira das duas Coreias há mais de 50 anos.

As tropas da Marinha americana conduzirão exercícios de tiro ao norte de Seul e há uma hora apenas da fronteira entre os dois países. Um avião americano participará dos exercícios, segundo os militares dos EUA.

Satélite

O governo do ditador Kim Jong-il --reeleito com 100% dos votos neste domingo (8)-- já havia ameaçado entrar em guerra com o país vizinho, caso Seul ou os EUA interceptem o satélite que pretende lançar em breve. Em um comunicado lido na televisão estatal, um militar alertou que qualquer tentativa de derrubar o aparelho será visto como ato de guerra.

Washington e Seul temem que o satélite seja um disfarce ao lançamento de um míssil de longo alcance.

A tensão é agravada pelo fato de que, para lançar o satélite, Pyongyang prepara o lançamento do míssil Taepodong-2. O governo diz que o lançamento faz parte do envio de um satélite para o desenvolvimento da comunicação do país, embora os EUA acuse o governo norte-coreano de ter intenções militares.

"Nós retaliaremos qualquer ação para interceptar nosso satélite que tem objetivos pacíficos com ataques imediatos usando os meios militares mais poderosos", alertou Pyongyang, em comunicado. "Ataques contra nosso satélite que tem objetivos pacíficos significará, precisamente, guerra."

As tensões na região aumentaram desde que Lee Myung-bak assumiu como presidente da Coreia do Sul, há cerca de um ano, e endureceu a relação com o vizinho do norte. Lee restringiu a crucial ajuda financeira à vizinha empobrecida na expectativa que Pyongyang permita maior vigilância externa à desnuclearização --um dos principais impasses ao avanço do processo.

Em resposta, Pyongyang cancelou uma série de acordos bilaterais.

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
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