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27/03/2003 - 06h08

Após uma semana de ataque aéreo, EUA preparam invasão a Bagdá

da Folha Online

Uma semana depois do início da guerra, as forças da coalizão anglo-americana se preparam para uma "grande batalha" contra tropas de elite iraquianas na região de Najaf, 150 km ao sul de Bagdá, enquanto prossegue o bombardeio aéreo da capital iraquiana.

Ondas de explosão sacudiram Bagdá na noite de ontem (horário de Brasília)no momento em que a cidade registrava uma semana de bombardeio (que começou às 23h35 do dia 19, horário de Brasília).

Mais de 30 explosões foram escutadas em quatro ondas de bombardeios durante a noite, causando tensão entre os residentes, especialmente após 15 iraquianos civis terem sido mortos em um bairro residencial ontem.

Disparos de artilharia antiaérea podiam ser ouvidos durante as últimas dez explosões, pouco antes das 4h da manhã (22h de ontem, em Brasília).

Algumas das explosões noturnas foram próximas do centro da capital. Outras, na periferia da cidade, que normalmente abriga 5 milhões de pessoas.

Muitos moradores saíram da cidade para escapar dos ataques com bombas e mísseis de cruzeiro e por medo de uma batalha iminente pelo controle da cidade, entre tropas leais ao presidente iraquiano Saddam Hussein e as forças lideradas pelos EUA que avançam pelo sul e estão a menos de 160 quilômetros de distância.

Invasão pelo sul

Após enfrentarem forte resistência iraquiana por dois dias, as tropas da coalizão cruzaram o rio Eufrates por Nassiriah na terça-feira (25), e seguiram para o norte, em direção a Bagdá.



O comandante John Altman, oficial de inteligência da Primeira Brigada da Terceira Divisão de Infantaria dos EUA, anunciou que as forças iraquianas estão enviando a Najaf, Samawa (300 km a sudeste de Bagdá) e Nasiriah (350 km ao sul) cerca de mil homens das tropas de elite da Guarda Republicana e das milícias paramilitares.

O canal de televisão CNN, citando fontes oficiais norte-americanas, revelou que uma coluna com cerca de mil veículos militares seguia para o sul da cidade de Karbala, cerca de 70 km ao norte de Najaf.

Ontem um comboio de veículos blindados iraquianos que deixava a cidade de Basra, no sul do país, foi atacado por aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Invasão pelo norte

No norte do Iraque, mil pára-quedistas norte-americanos foram lançados em uma zona sob controle curdo, na primeira grande mobilização das forças da coalizão nesta parte do território iraquiano.

Na operação, efetivos da 173ª Brigada com base em Aviano, na Itália, saltaram de pára-quedas em um aeroporto da região controlado pelos curdos. Eles garantiram o controle de um campo de pouso e se espera um grande fluxo de tropas.

"Eles estabeleceram operações no campo de pouso para garantir o apoio de novas forças", explicou o oficial no Comando Central dos EUA no Qatar.

O objetivo é abrir uma frente de batalha a partir do norte para facilitar a tomada de Bagdá.

Legitimidade

Enquanto o Iraque é atacado, o Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir o conflito. No início da reunião, ontem, o secretário-geral Kofi Annan disse que muitas pessoas em todo o mundo estão questionando a legitimidade da ação contra o Iraque.

O Conselho de Segurança volta a se reunir hoje. Em discurso às tropas na Base da Força Aérea de Macdill, na Flórida, o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou ontem que as forças lideradas pelos EUA estão "fazendo bom progresso", mas "essa guerra está longe de terminar".

Com agências internacionais

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