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03/04/2009 - 22h05

Recepcionista forjou morte para pedir socorro em massacre nos EUA

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da Folha Online

Os policiais de Binghamton, no Estado americano de Nova York, chegaram rapidamente ao prédio onde um homem armado realizou um massacre, nesta sexta-feira, graças à coragem de uma recepcionista, que fingiu estar morta para despistar o atirador e, em seguida, ligar e avisar a polícia, relatou o chefe de polícia local, Joseph Zikuski, à mídia.

No total, 13 pessoas foram mortas. Um 14º corpo foi encontrado, mas a polícia diz acreditar ser o atirador, que teria se suicidado com um tiro na cabeça. Outras quatro vítimas ficaram gravemente feridas e continuam internadas em estado crítico.

Mike Groll/AP
Policiais e peritos examinam prédio que foi palco de massacre na cidade de Binghamton (EUA) nesta sexta-feira; veja mais imagens
Policiais e peritos examinam prédio que foi palco de massacre na cidade de Binghamton (EUA) nesta sexta-feira; veja mais imagens

O massacre é o pior registrado nos Estados Unidos desde que um jovem matou 32 pessoas na Universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007.

Conforme Zikuski, depois de bloquear a porta dos fundos do prédio com um carro para evitar que as vítimas fugissem, o atirador invadiu o saguão e atirou nas recepcionistas. Uma morreu na hora, mas a segunda fingiu estar morta e, logo depois, conseguiu se arrastar até a própria mesa e, por telefone, avisar a polícia. Em dois minutos, os primeiros oficiais chegaram.

Em entrevista, o chefe de polícia disse que o crime foi "obviamente premeditado".

A deputada Maurice Hinchey informou que o atirador tinha sido demitido da IBM da cidade de Johnson City havia pouco tempo e que, depois de entrar, o alvo dele foi um grupo de pessoas que faziam um teste para pedir cidadania americana. "Foi no meio de uma prova. Ele apenas entrou e abriu fogo na sala", contou a deputada à Associated Press.

Zhanar Tokhtabayeva, 30, do Cazaquistão, contou que estava em uma aula de inglês quando ouviu tiros. "Eu ouvi todos os tiros. Não ouvi gritos, só silêncio e tiros. Eu pensei "quando isso vai acabar?' Pensei que minha vida tinha acabado", disse à Associated Press.

Mike Chanecka, amigo da presidente da instituição, Angela Leach, afirmou à mídia que ela está "muito triste". "Ela não sabe de nada, está tão chocada quanto todos nós." O prefeito de Binghamton, Matthew Ryan, chamou o episódio de "o dia mais trágico de toda a história de Binghamton".

De Baden-Baden (Alemanha), o presidente americano, Barack Obama, que participa de uma reunião da Otan (aliança militar ocidental), afirmou ter ficado chocado e triste com o episódio, que chamou de "ato de violência sem sentido". Obama disse ainda que ele e a primeira-dama, Michelle, estavam rezando pelas vítimas, as famílias delas e os moradores de Binghamton.

Em seu site, a organização atacada, chamada Associação Cívica Americana, afirma ajudar imigrantes e refugiados com aconselhamento, reorganização, cidadania e união familiar com uma equipe de intérpretes e tradutores. A instituição também atende casos de emergência, inclusive brigas, fome ou falta de moradia.

Binghamton está localizada na junção entre os rios Susquehanna e Chenango, sul do Estado de Nova York, e tem cerca de 47 mil habitantes.

 

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