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07/04/2009 - 08h52

Número de mortos em terremoto na Itália passa de 200, diz premiê

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da Folha Online

O premiê italiano, Silvio Berlusconi, anunciou nesta terça-feira, em entrevista coletiva, que o número de mortos no terremoto que atingiu a cidade de Áquila, na região de Abruzzo, centro da Itália, já chega a 207. Segundo Berlusconi, 17 dos mortos ainda não foram identificados e que cem dos feridos estão em estado grave.

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Nesta segunda-feira (6), Berlusconi, declarou estado de emergência nacional, cancelou uma viagem que faria a Rússia, e pediu recursos federais para ajudar as vítimas do desastre.

O sismo desta segunda-feira (6) foi o pior a atingir a Itália desde 23 de novembro de 1980, quando um tremor de 6,5 graus na escala Richter matou 2.735 pessoas. Áquila é a capital da região de Abruzzo e fica em um vale cercado pelos Montes Apeninos. O tremor aconteceu às 3h30 desta segunda-feira (6) --22h30 de domingo (5), em Brasília.

De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica da Itália, a magnitude do terremoto foi de foi 5,8 graus na escala Richter. De acordo com a escala, os tremores entre 5,5 e 6 graus ocasionam pequenos danos em edificações. Entre 6,1 e 6,9 podem causar danos graves em regiões muito populosas.

Deste segunda-feira (6), ao menos 280 réplicas [tremores secundários de intensidade menor que ocorrem depois de terremotos] atingiram a região. Uma delas, que aconteceu por volta das 11h26 (6h26 no horário de Brasília), atingiu 4,3 graus na escala Richter. O tremor foi seguido por outro ainda mais forte, seis minutos depois, que gerou enorme pânico entre a população, segundo a Defesa Civil italiana.

A réplica foi sentida até mesmo em Roma, onde os móveis caíram em andares mais altos dos prédios. Não se sabe ainda se o tremor, a mais forte réplica desde segunda-feira (6), causou maiores danos.

Gregorio Borgia/AP
Mulher chora quando os bombeiros retiram corpo dos escombros de Áquila, onde forte terremoto matou 207
Mulher chora quando os bombeiros retiram corpo dos escombros de Áquila, onde forte terremoto matou 207

Segundo dados da Defesa Civil, há ainda 34 desaparecidos, 1.500 feridos e 17 mil desabrigados. Mais de cem sobreviventes foram retirados dos escombros na segunda-feira, anunciaram os bombeiros.

Equipes de resgate recuperaram às 2h --21h desta segunda-feira (6) no horário de Brasília-- Marta Valente, uma jovem que estava presa nos escombros de um imóvel de quatro andares que desabou devido ao terremoto.

A jovem é uma estudante da Província de Teramo que deve sua vida a um golpe de sorte, já que quando desabou o edifício em que dormia, vários pedaços grandes de cimento armado evitaram que ela fosse atingida com maior risco por escombros.

Apesar do frio, muita gente preferiu passar a noite no interior de seus carros, enquanto prossegue a mudança de desabrigados a diversos hotéis e albergues do litoral do mar Adriático.

Sandro Perozzi/AP
Bombeiros e voluntários da Cruz Vermelha procuram sobreviventes em escombros após terremoto em Áquila
Bombeiros e voluntários da Cruz Vermelha procuram sobreviventes em escombros após terremoto em Áquila

Desabrigados

O tremor também deixou 50 mil desabrigados que passaram a noite em abrigos improvisados em quartéis, estádios e ginásios, além de casas de amigos e parentes.

O número de pessoas que perderam as casas no terremoto que arrasou a região de Áquila, no Abruzzo (centro da Itália), foi reduzido para 17 mil, segundo o centro de coordenação.

Massimo Cialente, o prefeito da cidade, capital da região dos Abruzzo, calculou em 50 mil o número de desabrigados. Outras fontes chegaram a citar 70 mil pessoas sem casas.

A cidade de Áquila tem 60 mil habitantes e a Província de mesmo nome tem 70 mil. De acordo com o centro de coordenação de resgates, praticamente um em cada sete habitantes da Província perdeu a casa.

A Defesa Civil informou que mais de 10 mil casas e edifícios foram danificadas.

 

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