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16/04/2009 - 12h59

Farc anuncia entrega de refém retido há 11 anos

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da Efe, em Bogotá

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram nesta quinta-feira que libertarão de maneira unilateral Pablo Emilio Moncayo, um dos dois militares colombianos que estão há mais tempo nas mãos dessa guerrilha, há quase 12 anos.

Os rebeldes afirmaram que farão a entrega ao Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP), grupo de intelectuais liderado pela congressista opositora Piedad Córdoba.

Em comunicado divulgado pelo site da legisladora, o Secretariado das Farc disse que a soltura foi motivada pelo pedido dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Venezuela, Hugo Chávez, e do CCP.

"Anunciamos nossa decisão de libertar unilateralmente o cabo Pablo Emilio Moncayo e entregá-lo pessoalmente a uma comissão liderada pela senadora Córdoba e pelo professor Gustavo Moncayo [pai do militar], após se organizarem os mecanismos que garantam a segurança da operação", disseram os rebeldes.

Moncayo foi sequestrado em 21 de dezembro de 1997 junto ao cabo José Martínez, em um violento ataque guerrilheiro à colina de Patascoy, base de comunicações do Exército no Departamento de Nariño, na fronteira com o Equador.

O ataque deixou 11 militares mortos e mais de 18 foram sequestrados. Deles, somente Moncayo e o cabo José Libio Martínez permanecem em poder das Farc.

Gustavo Moncayo, pai de Pablo Emilio, vem realizando há dois anos passeatas em todo o país e, inclusive no exterior, para pedir a libertação de seu filho, convertendo-se em uma personagem emblemático dos familiares dos reféns.

Em 29 de março, também em um comunicado na internet, a direção do grupo rebelde anunciou que estava pronta para a troca humanitária e flexibilizou a condição de que o governo devia desmilitarizar um território do sudoeste do país para ali negociar a troca.

Moncayo está no grupo de reféns do qual fizeram parte a franco-colombiana Ingrid Betancourt, os três americanos e os 11 militares e policiais que foram resgatados em julho do ano passado em uma operação militar encoberta nas selvas de Guaviare.

Cessar-fogo

Na mensagem, o comando das Farc se referiu à recente chamada do presidente colombiano, Álvaro Uribe, aos rebeldes para que declarem um cessar-fogo unilateral.

O Secretariado rejeitou o pedido de maneira tácita, ao considerar que as forças de segurança e os grupos paramilitares "continuam sua ofensiva" em todo o país. O que é preciso, considerou, é "iniciar a busca de um processo sério que encontre os caminhos dos acordos, da reconciliação, da convivência e da democracia".

"Significa entender que todos devemos apresentar, principalmente, o Estado como responsável fundamental do conflito e que a bilateralidade é indispensável como regra de ouro e alicerce de confiança que constrói bases sólidas para avançar."

"Por isso, colocamos a concretização de um acordo humanitário gerador de fatos tangíveis pelas duas partes, que abone passos subsequentes para a superação definitiva do confronto", acrescentou o comando rebelde, liderado por Alfonso Cano, chefe máximo das Farc há um ano.

 

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