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09/05/2003 - 13h39

Sobrevivente diz que passageiros foram expelidos de avião no Congo

da Folha Online

Dezenas de soldados com suas mulheres e filhos foram expelidos de um avião de carga na República Democrática do Congo, depois que a porta traseira da aeronave rompeu em pleno vôo, disse hoje um sobrevivente do acidente aéreo, segundo a agência de notícias Reuters.

"Eu acho que havia cerca de 200 pessoas a bordo, soldados e seus familiares, mulheres e crianças", disse Prudent Mukalayi, um soldado internado no hospital de Kinshasa que declarou haver sobrevivido porque teria ficado preso por uma mala.

"Eu estava dormindo quando ouvi pessoas gritando. Quando acordei, o piloto disse para as pessoas irem para a frente do avião. Havia cerca de 40 de nós, mas as pessoas continuavam morrendo. Houve apenas cerca de 20 sobreviventes", declarou.

O ministro da Informação do Congo, Kikaya Bin Karubi, disse hoje que sete pessoas foram expelidas do avião. Ele não soube informar quantas pessoas estariam a bordo da aeronave.

O avião, um Iliuchin 76 de fabricação russa que transportava militares e seus familiares, havia saído de Kinshasa e se dirigia à cidade de Lubumbashi, no oeste da República Democrática do Congo, disseram fontes militares do aeroporto de Kinshasa.

O acidente ocorreu na metade do trajeto quando o avião sobrevoava a Província de Kasay a cerca de 2.200 metros de altura, segundo as mesmas fontes. Ao ceder a porta traseira do avião, muitas das 200 pessoas que estavam a bordo foram lançadas para fora do aparelho.

A tripulação russa conseguiu controlar o avião e aterrissar no aeroporto de Kinshasa depois do acidente. Uma investigação foi iniciada imediatamente para determinar as causas do acidente.

Histórico

Acidentes aéreos são muito comuns na República Democrática do Congo. O mais grave ocorreu em janeiro de 1996, quando um avião de carga Antonov não conseguiu levantar vôo por estar sobrecarregado.

Em alta velocidade, o avião se chocou contra um mercado lotado, causando oficialmente 365 mortos, enquanto extraoficialmente dizem que morreram cerca de 800 pessoas.

O Iliuchin 76 é um avião militar de origem soviética que começou a ser comercializado no início da década de 1970. Elaborado inicialmente como aparelho para transportar carga estratégica da força aérea soviética, foi depois lançado em 15 versões, algumas delas civis.

A tripulação compõe de sete pessoas e pode transportar até 140 soldados. Algumas versões estão equipadas para lançar pára-quedistas e material.

O Iliuchin 76 foi concebido para embarcar cargas de 40 mil kg e dispõe de autonomia de vôo de 5.000 km.

Até 1999, mais de 850 aviões deste tipo haviam sido vendidos no mundo. Em julho de 2001, o governo russo declarou que os Iliuchin 76 já não respondiam às normas da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional).

Com agências internacionais

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