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13/05/2003 - 22h13

Ataque em Riad mata 29; EUA reduzem representação diplomática

da Folha Online

O Departamento de Estado dos EUA afirmou hoje que 29 pessoas morreram nos atentados de ontem em Riad, e pediu que pessoal diplomático não-essencial se retirasse da Arábia Saudita.

Anteriormente, o Departamento de Estado tinha dito que 91 pessoas haviam morrido, segundo a agência de notícias Associated Press. De acordo com a nova declaração, que coincide com as autoridades sauditas, 29 pessoas morreram no incidente, entre elas sete norte-americanos e os nove suicidas.

Pouco depois da declaração do Departamento de Estado dos EUA de que havia 91 mortos, o vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, confirmou que 91 pessoas havaim morrido em Riad.

Os ataques tiveram como alvos três condomínios residenciais habitados principalmente por norte-americanos, e uma quarta explosão ocorreu em frente a uma empresa de capital saudita e norte-americano.

Editoria de Arte/Folha Online


Retirada

Em nota divulgada à imprensa, o Departamento ordenou "a saída de todo o pessoal não-essencial e seus parentes", e advertiu os americanos que estão na Arábia Saudita sobre "preocupações com o nível de segurança" naquele país e "o risco de novos atentados". Também pediu que eles deixem o local.

Entre 35 mil e 40 mil cidadãos americanos vivem na Arábia Saudita, segundo o Departamento de Estado.

A Northrop Grumman, empresa do setor de defesa, anunciou hoje que nove funcionários de sua subsidiária Vinnell Corporation morreram nos atentados. sete deles ram americanos e dois filipinos.

Castigo

O presidente dos EUA, George W. Bush, chamou hoje de "atos desprezíveis", as explosões que atingiram, na noite de ontem, um conjunto residencial de estrangeiros (onde viviam muitos norte-americanos) e no qual morreram até o momento 90 pessoas. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA.

"Os ataques na Arábia Saudita, as mortes sem piedade de cidadãos americanos e outros países nos recordam que a guerra contra o terrorismo deve continuar", afirmou Bush em um discurso em Indianápolis (Indiana, EUA).

Bush também prometeu justiça contra os responsáveis pelos ataques. "Os terroristas serão encontrados e capturados. Eles conhecerão o significado da Justica norte-americana", disse.

11 de setembro

O atentado ocorrido ontem constitui um dos mais mortíferos ataques contra os norte-americanos desde os atentados de 11 de setembro de 2000, quando aviões sequestrados foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, quando morreram cerca de 3.000 pessoas.

De acordo com declarações do secretário de Estrado norte-americano, Colin Powell, que está na Arábia Saudita para discutir o plano de paz para o Oriente Médio e a reconstrução do Iraque, os ataques de ontem são de autoria da rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden.

O atentado ocorrido ontem constitui um dos mais mortíferos ataques contra os norte-americanos desde os atentados de 11 de setembro de 2000, quando aviões sequestrados foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, quando morreram cerca de 3.000 pessoas.

De acordo com declarações do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, que está na Arábia Saudita para discutir o plano de paz para o Oriente Médio e a reconstrução do Iraque, os ataques de ontem são de autoria da rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden.

Investigação

O FBI (polícia federal dos EUA) está mandando uma equipe a Riad (Arábia Saudita) para auxiliar a polícia local a investigar o atentando ocorrido na noite de ontem --quando três explosões quase simultâneas atingiram um complexo residencial habitado por muitos norte-americanos.

John Pistole, chefe do departamento antiterrorismo do FBI, designará uma equipe com os mais competentes homens do departamento e agentes técnicos para ir a Riad, segundo informações do porta-voz Bill Carter.

Autoridades sauditas deram permissão ao FBI para ajudar nas investigações. A polícia federal dos EUA mantêm uma base fixa em Riad.

Alvos americanos

Os ataques tiveram como alvos três condomínios residenciais habitados principalmente por norte-americanos.

O ministério saudita deu um balanço da nacionalidade dos mortos: duas crianças jordanianas, dois filipinos, um libanês, um suíço, sete sauditas e sete norte-americanos.

Segundo o ministério, nove corpos encontrados nos locais das explosões eram aparentemente dos autores dos ataques suicidas.

"Os guardas da segurança dos condomínios trocaram tiros com os terroristas antes das explosões. Uma investigação está sendo realizada sobre os autores do ataque", declarou.

Al Qaeda

Hoje, a rede terrorista Al Qaeda reivindicou hoje, por meio de um e-mail, os atentados suicidas realizados ontem à noite em Riad, segundo a revista saudita "Al Malajah".

Um dirigente da Al Qaeda, Abu Mohamed Al Ablaj, entrevistado pela revista através de correio eletrônico depois dos atentados, afirmou que o grupo "planejava há muito tempo operações de envergadura no golfo [Pérsico], onde armazenou grandes quantidades de armas e explosivos".

O texto na íntegra da mensagem deve ser publicado na sexta-feira (16) pela revista, que é editada em Londres.

"A execução desse plano não foi obstruída pelo recente anúncio, por parte de autoridades sauditas, sobre a apreensão de grandes quantidades de armas e explosivos e da busca de 19 pessoas que se dispunham a realizar os atentados", afirmou o dirigente da Al Qaeda, que se apresentou como o coordenador do Centro de Treinamento dos Mujahedines, subordinado à Al Qaeda.

"Entre as prioridades da Al Qaeda, além dos ataques em território dos Estados Unidos, figuram as operações nos países do golfo e nos países aliados dos Estados Unidos, especialmente Egito e Jordânia", declarou o dirigente.

Com agências internacionais

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