Publicidade
Publicidade
14/05/2003
-
21h25
Os Estados Unidos, pressionando por uma votação na ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Iraque na semana que vem, disseram hoje que submeteriam um projeto de resolução modificado sobre suspensão de sanções e administração do petróleo em breve.
Diplomatas disseram que revisões do projeto apresentado na semana passada seriam centralizadas no papel das Nações Unidas no Iraque pós-guerra, assim como na administração do programa "petróleo por comida" da ONU. Diplomatas trabalharão no texto do projeto de resolução amanhã.
O embaixador dos EUA na ONU, John Negroponte, disse a repórteres que espera produzir amanhã um "texto modificado e tentar levar em conta vários comentários que recebemos".
"Esperamos em alguma hora ao longo da semana que vem... colocar a resolução em votação", disse Negroponte.
Texto mal escrito
Mas outros enviados disseram acreditar que as mudanças ao que chamaram de um texto mal escrito, co-patrocinado por Reino Unido e Espanha, podem atrasar uma votação.
Após reunirem-se hoje por cerca de seis horas, enviados do Conselho de Segurança disseram privadamente que a maioria dos países se opõe ao projeto de resolução, que daria aos EUA praticamente uma carta branca para administrar o Iraque pós-guerra.
Mas os enviados disseram que poucos ousariam votar contra Washington, que não esqueceu sua incapacidade de obter legitimação do conselho para a invasão do iraque. A aprovação do Conselho de Segurança do texto atual permitiria que autoridades britânicas e norte-americanas exportassem petróleo e comprassem suprimentos necessários com sua venda.
Dificuldades
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, fracassou hoje em sua tentativa de convencer a Rússia a apoiar a proposta norte-americana de suspender as sanções da ONU contra o Iraque, apesar das promessas de melhorar as relações entre os dois países.
Uma das divergências é a exigência da Rússia sobre o retorno dos inspetores de armas da ONU ao Iraque. A existência de armas de destruição em massa no país, que ainda não foi comprovada, foi a principal justificativa dos EUA para a guerra no Iraque, que abalou as relações entre Moscou e Washington.
A invasão do Iraque ocorreu sem aprovação da ONU, devido à ameaça de veto de membros como França e Rússia. Os membros do Conselho de Segurança são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China (permanentes, com poder de veto); México, Paquistão, Guiné, Síria, Bulgária, Angola, Chile, Alemanha e Camarões, Espanha (não-permanentes).
Petróleo por comida
No dia 3 de junho, vence a última prorrogação do programa da ONU "Petróleo por Comida", através do qual o antigo regime iraquiano de Saddam Hussein podia amenizar as sanções, com a supervisão internacional, comprando produtos de primeira necessidade.
A suspensão ou o fim do programa retiraria da ONU a gestão da riqueza petroleira do Iraque.
Com agências internacionais
Leia mais
Veja os principais pontos do projeto que suspende sanções da ONU
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
EUA querem votação sobre sanções ao Iraque na semana que vem
da Folha OnlineOs Estados Unidos, pressionando por uma votação na ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Iraque na semana que vem, disseram hoje que submeteriam um projeto de resolução modificado sobre suspensão de sanções e administração do petróleo em breve.
Diplomatas disseram que revisões do projeto apresentado na semana passada seriam centralizadas no papel das Nações Unidas no Iraque pós-guerra, assim como na administração do programa "petróleo por comida" da ONU. Diplomatas trabalharão no texto do projeto de resolução amanhã.
O embaixador dos EUA na ONU, John Negroponte, disse a repórteres que espera produzir amanhã um "texto modificado e tentar levar em conta vários comentários que recebemos".
"Esperamos em alguma hora ao longo da semana que vem... colocar a resolução em votação", disse Negroponte.
Texto mal escrito
Mas outros enviados disseram acreditar que as mudanças ao que chamaram de um texto mal escrito, co-patrocinado por Reino Unido e Espanha, podem atrasar uma votação.
Após reunirem-se hoje por cerca de seis horas, enviados do Conselho de Segurança disseram privadamente que a maioria dos países se opõe ao projeto de resolução, que daria aos EUA praticamente uma carta branca para administrar o Iraque pós-guerra.
Mas os enviados disseram que poucos ousariam votar contra Washington, que não esqueceu sua incapacidade de obter legitimação do conselho para a invasão do iraque. A aprovação do Conselho de Segurança do texto atual permitiria que autoridades britânicas e norte-americanas exportassem petróleo e comprassem suprimentos necessários com sua venda.
Dificuldades
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, fracassou hoje em sua tentativa de convencer a Rússia a apoiar a proposta norte-americana de suspender as sanções da ONU contra o Iraque, apesar das promessas de melhorar as relações entre os dois países.
Uma das divergências é a exigência da Rússia sobre o retorno dos inspetores de armas da ONU ao Iraque. A existência de armas de destruição em massa no país, que ainda não foi comprovada, foi a principal justificativa dos EUA para a guerra no Iraque, que abalou as relações entre Moscou e Washington.
A invasão do Iraque ocorreu sem aprovação da ONU, devido à ameaça de veto de membros como França e Rússia. Os membros do Conselho de Segurança são EUA, Reino Unido, Rússia, França e China (permanentes, com poder de veto); México, Paquistão, Guiné, Síria, Bulgária, Angola, Chile, Alemanha e Camarões, Espanha (não-permanentes).
Petróleo por comida
No dia 3 de junho, vence a última prorrogação do programa da ONU "Petróleo por Comida", através do qual o antigo regime iraquiano de Saddam Hussein podia amenizar as sanções, com a supervisão internacional, comprando produtos de primeira necessidade.
A suspensão ou o fim do programa retiraria da ONU a gestão da riqueza petroleira do Iraque.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice