Sri Lanka diz que mais de 28 mil morreram em dois anos de guerra

O governo do Sri Lanka divulgou pela primeira vez dados oficiais sobre as vítimas da última fase da ofensiva militar das tropas cingalesas contra os guerrilheiros separatistas tâmeis. A ofensiva, iniciada em julho de 2006 e encerrada esta semana com a vitória do Exército, deixou cerca de 6.200 soldados e 22 mil rebeldes mortos.

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Durante a última fase do conflito contra os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil, que durou mais de 25 anos anos, outros 30 mil militares ficaram feridos. A informação foi divulgada pelo porta-voz do Exército, Udaya Nanayakkara.

	David Gray/Reuters
	Soldado cingalês observa parada em comemoração à vitória do Exército sobre os guerrilheiros tâmeis

"Desde [a batalha de] Mavil Aru [em julho de 2006], 6.261 soldados morreram para o status unitário da terra mãe e 29.551 foram feridos", disse o secretário de Defesa, Gotabaya Rajapaksa, à TV Independent Television Network.

O Exército cingalês declarou na segunda-feira passada (18) a vitória dos soldados sobre a cúpula dos tigres tâmeis e pôs fim ao conflito após uma ofensiva de vários meses no norte do país.

A ofensiva deixou cerca de 280 mil pessoas deslocadas e causou uma grave crise humanitária no país, segundo as agências de ajuda humanitária. A maioria destas pessoas continua inacessível para os voluntários e amontoadas em acampamentos sem recursos suficientes.

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, visita o país nesta sexta-feira e deve pedir ao governo que permita a entrada de agências humanitárias aos acampamentos, além de pressionar por uma solução política ao conflito.

Os rebeldes, listados como terroristas pelos EUA e a União Europeia, dizem lutar por uma terra para a minoria hindu tâmil depois de décadas de marginalização nas mãos de um governo dominado pela maioria cingalesa. Os tâmeis são cerca de 20% dos 20 milhões de pessoas do país. Outros 75% são cingaleses.

Os tigres tâmeis chegaram a ocupar uma área de 15 mil km² no país, mas nas últimas semanas estavam encurralados em uma pequena faixa litorânea de 5 km².

Com Efe e Reuters