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Alemanha endurece lei de controle de armas após massacre em escola
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da Folha Online
O governo alemão aprovou nesta quarta-feira uma lei para endurecer o controle de armas do país, depois que, há dois meses, um jovem de 17 anos matou 15 pessoas em Winnenden (sudoeste) ao abrir fogo contra colegas de escola.
Tim Kretschmer, 17, conseguiu uma pistola 9mm Beretta no quarto de seu pai, sócio de um clube de tiro e que mantinha legalmente uma coleção de 15 armas em casa. Ele se matou durante a perseguição policial.
A mudança na lei prevê controles mais rígidos sobre as condições de armazenamento das armas. O novo texto também proíbe menores de 18 anos de usarem armas de porte grande com finalidade esportiva.
"Com as novas mudanças na lei de controle de armas, avançamos em nosso objetivo de dificultar o acesso dos jovens às armas e fazer com que só a pessoa autorizada consiga usá-las", disse o ministro do Interior, Wolfgang Schäuble.
O jovem que matou estudantes, professores e pedestres em Winnenden utilizou uma arma de baixo calibre que pertencia ao pai, que tinha licença para usá-la apenas com fins esportivos. Segundo Schäuble, o massacre não teria acontecido se o pai do menor tivesse guardado a arma e a munição seguindo as regras da lei atual, ou seja, separadas e trancadas a chave.
Ainda segundo o ministro, a alteração na lei aumentará a conscientização dos proprietários de armas sobre suas obrigações e responsabilidade.
As mudanças na legislação, negociadas com as bancadas parlamentares e os Estados federados, elevam de 14 para 18 anos a idade mínima para a prática de tiro esportivo e criam um registro eletrônico de armas em escala nacional.
O governo, que espera que estas remodelações entrem em vigor antes de setembro, quando termina a atual legislatura, também vai permitir que, até o fim do ano, aqueles não têm licença entreguem voluntariamente às autoridades todas as suas armas.
Legisladores da coalizão da chanceler Angela Merkel propuseram também uma lei para banir jogos que simulem combates, como o paintball. A ideia, contudo, foi rapidamente rejeitada como medida paliativa diante da falta de apoio parlamentar.
Com Efe e Associated Press
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