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Carro-bomba mata 23 no Paquistão; autoridades culpam Taleban
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da Folha Online
Um grande carro-bomba explodiu nesta quarta-feira em um dos mais populosos distritos de Lahore, no Paquistão, deixando ao menos 23 mortos, quase 300 feridos e agravando os temores sobre o poder do grupo islâmico radical Taleban e outros terroristas em um país que é um potência nuclear.
A explosão ocorreu próximo ao prédio do chefe de polícia de Lahore, a segunda maior cidade do país. O edifício ficou parcialmente danificado em um atentado que parece um lembrete da impotência das forças de segurança no país que virou reduto taleban desde a chegada da coalizão americana no vizinho Afeganistão.
Saiba mais sobre a ofensiva
Entenda a origem dos talebans do Paquistão
Rahat Dar/Efe |
Membros das forças de segurança inspecionam local de atentado suicida com carro-bomba na caidade paquistanesa de Lahore |
Segundo o jornal "New Yorlk Times", o diretório dos Serviços de Inteligência Interna --a agência de espionagem de Islamabad-- pode ter sido o alvo do ataque, que inclui tiroteio por um grupo de homens.
Este foi o terceiro ataque em três meses em Lahore ou nas proximidades da capital de Punjab, a mais populosa Província paquistanesa.
A bomba deixou uma cratera de quase 2,5 metros de profundidade e um cenário de destruição. Dezenas de veículos foram esmagados pela explosão e as ruas, segundo o "NYT", foram cobertas por vidro estilhaçado.
Não houve qualquer anúncio de autoria do ataque, que causou grandes danos ao local. As autoridades, contudo, acusam o Taleban pelo ataque, uma retaliação pela ofensiva do Exército no vale de Swat, que deixou centenas de militantes mortos.
A explosão aconteceu após alertas feitos pelos militantes em resposta aos ataques militares em Swat, no nordeste, um dos redutos do Taleban. O ataque também acontece após o general David Petraeus, chefe do Comando Central dos Estados Unidos, ter visitado Islamabad na terça-feira para reuniões com líderes militares e do governo.
"Acredito que elementos anti-Paquistão, que querem desestabilizar nosso país e ver a derrota em Swat, agora vieram para nossas cidades", disse o chefe do Ministério do Interior, Rehman Malik.
Pouco antes da explosão, homens armados saíram de um carro e abriram fogo contra policiais no portão, disse a repórteres o ministro provincial Rana Sanaullah, acrescentando que vários suspeitos foram presos.
Ofensiva
Com apoio do governo americano, o Exército paquistanês lançou uma grande ofensiva militar no último dia 26 de abril para reagir aos talebans paquistaneses que tentaram tomar controle do distrito de Baixo Dir e do vizinho Buner, ambos nos arredores do vale do Swat. Segundo o governo paquistanês, a ofensiva deixou centenas de militantes mortos e os afugentou da região.
Arte/Folha Online |
Os talebans invadiram há cerca de dois anos o vale do Swat, um antigo ponto turístico do país transformado em reduto para os militantes que planejam os ataques às forças de segurança no país e no vizinho Afeganistão.
Em meados de fevereiro, Islamabad assinou um acordo de paz para tentar conter o avanço terrorista. O acordo propunha cessar-fogo em troca da instauração, em Swat e em outros seis distritos, de tribunais islâmicos da sharia.
Em vez de entregar as armas, os radicais islâmicos aproveitaram a oportunidade para tomar o controle os distritos de Buner e Baixo Dir, ficando a cerca de cem km da capital Islamabad. O governo, sob a intensa pressão de Washington, encerrou o acordo e iniciou ofensivas em Swat, e nos distritos vizinhos de Dir e Buner.
Com o acirramento dos confrontos, o governo decidiu suspender um toque de recolher, para facilitar a fuga dos civis. Há relatos de que as estradas de Mingora, principal cidade do Swat, estão engarrafadas com ônibus e caminhões lotados de pessoas.
O governo diz que talebans estão cortando suas barbas (um símbolo de identificação dos insurgentes) para escapar em meio aos civis. Nenhum porta-voz dos talebans comentou as declarações do Exército.
Segundo o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, a ofensiva só terminará com a rendição dos insurgentes.
Com agências internacionais
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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