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Número dois da Al Qaeda critica discurso que Obama fará no Egito
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colaboração para a Folha Online
O número dois da Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, criticou nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelo discurso ao mundo muçulmano que ele fará quinta-feira (4) no Cairo, Egito.
AP |
Número dois da Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, critica discurso que Obama fará no Cairo, Egito |
Em uma mensagem de vídeo reproduzida pelo centro americano de monitoramento de sites islamitas, Zawahiri afirmou que o discurso não irá mudar as mensagens que o Exército americano envia aos muçulmanos no Iraque e no Afeganistão.
"Suas mensagens sangrentas foram recebidas e estarão sempre sendo recebidas pelos muçulmanos, e elas não poderão ser mascaradas por operações de relações públicas ou por visitas ridículas e palavras elegantes", disse Zawahiri, que é egípcio.
Obama é aguardado no Cairo para pronunciar um discurso de reconciliação com o mundo muçulmano, com o objetivo de reparar danos à imagem dos EUA causada pela guerra do Iraque, pelo tratamento dado a presos militares e pela falta de progresso nas conversações de paz no Oriente Médio.
Perguntado nesta segunda-feira se a continuidade do conflito no Afeganistão poderiam minar os seus esforços para atrair o mundo islâmico, Obama disse que os EUA não têm ambições territoriais no país asiático e apenas quer evitar que a Al Qaeda lance outro ataque do estilo do 11 de setembro de 2001.
Viagem
A primeira parada da visita presidencial de quatro dias ao Oriente Média e à Europa será na Arábia Saudita, onde ele irá conversar com o rei Abdullah sobre assuntos como o processo de paz no Oriente Médio, o programa nuclear do Irã e preços do petróleo.
Washington e Riad diferem sobre este último assunto. Obama tenta tirar os EUA de uma grande recessão econômica, e manifestou preocupação com picos de alta do preços de petróleo, o que pode prejudicar uma recuperação.
Já a Arábia Saudita defende preços estáveis, mas entre US$ 75 e US$ 80 o barril, contra o atual preço de US$ 68, explicou o especialista em Oriente Médio do Wilson Center David Ottaway. "Sobre o preço do petróleo, há diferenças significantes e grandes entre os dois lados", disse.
"O discurso irá delinear o compromisso pessoal dele de engajamento, baseado em interesses e respeito mútuos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. "Ele [Obama] irá discutir como os EUA e comunidades muçulmanas ao redor do mundo podem reduzir algumas das diferenças que têm causado divisão entre eles", completou.
Depois do Egito, Obama visitará dois símbolos da Segunda Guerra Mundial. Na Alemanha, o presidente americano irá até o campo de concentração nazista de Buchenwald. Na França, ele participará das comemorações de 65 anos do "Dia D" --o desembarque dos aliados na Normandia que ocorreu em 6 de junho de 1944.
Com Reuters, Associated Press e France Presse
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