Senado começa a ouvir juíza nomeada por Obama em julho

O presidente do Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos, Patrick Leahy, afirmou nesta terça-feira que as audiências para confirmar a juíza federal Sonia Sotomayor, nomeada pelo presidente Barack Obama à Suprema Corte, começarão em 13 de julho.

Leahy disse que a data representa um "calendário razoável" que dará aos membros do comitê várias semanas para se prepararem para as audiências.

Harry Hamburg/AP

Com o tornozelo fraturado, Sonia Sotomayor cumpre agenda no Congresso nesta terça-feira

Obama pediu ao Senado que vote a confirmação de Sotomayor para a mais alta corte de Justiça americana antes do recesso de agosto. Os republicanos pressionam por mais prazo para avaliar a nomeação.

Mas o presidente do Comitê Judiciário disse que não há "razão para atrasar indevidamente a consideração dessa qualificada nomeada. Ela merece a oportunidade de ir a público falar de sua história".

Membros do Partido Republicano não responderam imediatamente ao anúncio de Leahy, feito depois de várias reuniões privadas com o senador Jeff Sessions, o principal republicano do Comitê, sobre o início das audiências.

Leahy disse que informou o presidente Obama por telefone sobre seus planos e que o ele "pareceu contente com a data que estipulei".

Nos últimos dias, a juíza Sonia Sotomayor realizou uma série de encontros com senadores para tentar reverter as críticas que têm recebido, principalmente de republicanos.

Nesta segunda-feira, ela tropeçou quando se preparava para embarcar em um voo que a levaria de Nova York a Washington. Um exame de raio-x revelou uma pequena fratura em seu tornozelo esquerdo. Mesmo assim, ontem ela foi ao Congresso apoiada em muletas e manteve as reuniões agendadas.

Sotomayor, que completará 55 anos neste mês, foi indicada para substituir o juiz David Souter, que está se aposentando, e pode ser a primeira hispânica e a terceira mulher a ter um lugar na Suprema Corte.

Ela fará parte da ala liberal e não irá alterar o equilíbrio ideológico existente na corte, que conta com quatro conservadores, quatro liberais e um centrista, Anthony Kennedy, que geralmente dá o voto o Minerva quando há empate entre os colegas.

Com Reuters e Associated Press