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França lamenta reação "brutal" a protestos no Irã
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colaboração para a Folha Online
O governo da França lamentou neste domingo a reação "um pouco brutal" aos protestos contra a reeleição do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e pediu que as autoridades de Teerã e "a população civil" dialoguem.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, as ações das autoridades frente aos protestos e as detenções de renomados membros da oposição iraniana deixarão marcas.
As declarações do chefe da diplomacia francesa foram uma resposta à detenção de aproximadamente cem seguidores do candidato reformista iraniano Mir Hossein Mousavi após a reeleição de Ahmadinejad.
O presidente recebeu 62,6% dos votos, enquanto Mousavi, que foi primeiro-ministro na década de 80 e se tornou um herói do movimento de jovens que buscam mais liberdade e uma face mais suave do Irã no exterior, teve 33,75%.
"Não há solução na brutalidade", disse o ministro francês à imprensa quando saía de uma reunião em Paris com o enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell.
Neste sábado, o Ministério de Relações Exteriores da França emitiu uma nota na qual dizia que registrava os resultados do pleito presidencial no Irã "tal como foram anunciados pelas autoridades iranianas".
No comunicado, o governo francês também constatava "a contestação" dos resultados "por dois dos candidatos", e alertava: "continuamos acompanhando a situação de perto".
Alemanha
O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, manifestou neste domingo sua preocupação com os relatos sobre supostas irregularidades nas eleições presidenciais iranianas.
"Espero das autoridades de Teerã que respondam com clareza a tais acusações e esclareçam a questão", disse o chefe da diplomacia alemã.
A violência usada pelas forças de segurança contra os manifestantes "não é aceitável", como também não é admissível a repressão a protestos pacíficos, acrescentou Steinmeier.
O ministro alemão se comprometeu a "observar muito de perto a situação no país" após o pleito de sexta-feira, cuja credibilidade "deixou muitas questões em aberto".
Com Efe e Reuters
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