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14/06/2009 - 13h30

Ataque com míssil deixa ao menos cinco mortos no Paquistão

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colaboração para a Folha Online

Ao menos cinco pessoas morreram neste domingo após terem sido atingidas por um míssil aparentemente lançado pelos Estados Unidos no noroeste do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão. Na região atuam membros do grupo radical islâmico Taleban e da rede terrorista Al Qaeda.

O míssil caiu no distrito de Waziristão do Sul, atingindo três veículos em uma área próxima a Makeen, uma vila considerada a fortaleza do chefe do Taleban paquistanês, Baitullah Mehsud. Ainda não se sabe se as pessoas mortas eram civis ou extremistas.

"Um ataque com um avião não-pilotado teve como alvo o veículo de um insurgente e matou três pessoas no setor de Mardar Algad", declarou uma autoridade administrativa local, Amir Mohamad Khan.

O Exército americano é o único que possui aviões sem piloto na região.

O ataque aconteceu em um momento que a violência cresce na volátil região noroeste do país, na fronteira com o Afeganistão.

Neste domingo, a explosão de uma bomba em um mercado matou ao menos oito pessoas na cidade de Dera Ismail Khan, e autoridades disseram que confrontos entre o Taleban e forças de segurança matou ao menos 20 militantes em uma região tribal supostamente libertada dos insurgentes meses atrás.

A imprensa local informou que o Taleban assumiu a responsabilidade por vários ataques recentes no Paquistão, incluindo o que matou um clérigo moderado e o realizado contra um hotel de luxo em Peshawar. O grupo radical afirmou que os atentados são uma vingança contra a ofensiva militar no vale do Swat, no noroeste do país.

Os ataques criaram um sentimento anti-Taleban no Paquistão, algo que os EUA esperam que se traduza em apoio à ação militar contra os extremistas, que usam solo paquistanês para lançar ataques contra tropas ocidentais no Afeganistão.

Mas os ataques americanos com mísseis podem diminuir esse sentimento porque eles são extremamente impopulares entre a população paquistanesa. O governo do país já protestou publicamente contra esses ataques, lançados por aviões não-tripulados, dizendo que eles violam a soberania do país.

No entanto, muitos analistas suspeitam que os dois países fecharam um acordo secreto para facilitar esse tipo de ação.

Os EUA raramente confirmam ou discutem os ataques com mísseis.

Acredita-se que o Waziristão do Sul seja o alvo da próxima ofensiva militar paquistanesa contra extremistas.

Mehsud é acusado de atentados a bomba em ambos os lados da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, e autoridades americanas disseram na semana passada que o Exército paquistanês pretende ir atrás dele, embora nenhum prazo para isso acontecer tenha sido estipulado.

Com Associated Press, Efe e Reuters

 

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