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Coreia do Sul acusa Coreia do Norte de tentar enriquecer urânio
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da Folha Online
A Coreia do Norte está tentando enriquecer urânio, mais um passo na escalada de seu programa para produzir armas atômicas, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul nesta terça-feira. A denúncia aumenta a tensão regional depois que o regime comunista testou, pela segunda vez, uma bomba nuclear em seu subsolo, no último dia 25 de maio.
"É claro que eles estão indo adiante com isto", disse Lee Sang-hee, ministro da Defesa, em uma audiência parlamentar, acrescentando que tal programa era muito mais fácil de esconder do que as atuais atividades com plutônio promovidas pelo país vizinho.
No início do mês, a Coreia do Norte afirmou que começaria a enriquecer urânio para um reator de água leve como resposta à punição da ONU (Organização das Nações Unidas) por seu mais recente teste nuclear.
Especialistas dizem que faltam tecnologia e recursos para a empobrecida Coreia do Norte construir um reator de alto custo civil, mas que talvez possa usar o programa como um disfarce para enriquecer urânio para uso bélico.
A Coreia do Norte, que possui amplo abastecimento de urânio natural, seria capaz de conduzir um programa de enriquecimento às escondidas e longe dos olhos dos satélites espiões dos Estados Unidos.
O programa de plutônio da Coreia do Norte utiliza um reator envelhecido e é centrado na planta nuclear Yongbyon, do período soviético, que tem sido observada pelo reconhecimento aéreo norte-americano por anos.
Dúvidas
Especialistas dizem que a Coreia do Norte tem adquirido equipamento necessário para o enriquecimento de urânio, incluindo centrífugas e tubos de alumínio altamente resistentes, mas eles duvidam que Pyongyang realmente adote o projeto.
"Parece improvável que a Coreia do Norte tenha êxito em estabelecer uma sólida capacidade de enriquecimento (...) no curto prazo", escreveu o especialista nuclear Hui Zhang em um artigo neste mês ao Boletim dos Cientistas Atômicos, acrescentando que a ajuda externa de aliados de Pyongyang, como o Irã, poderá acelerar o processo.
Uma acusação dos Estados Unidos de que Pyongyang estava operando clandestinamente um plano de enriquecimento de urânio levou a um colapso do acordo de desarmamento de 1994 e ao início das discussões nucleares entre seis partes, em 2003. Tais discussões estão agora paralisadas já que Seul se recusa a permitir entrada de observadores estrangeiros.
Autoridades da Coreia do Sul dizem que as recentes ações militares da Coreia do Norte, que também incluem testes de mísseis e ameaças em atacar o vizinho do sul, visam provavelmente angariar apoio interno ao líder Kim Jong-il, 67, enquanto ele prepara o terreno para seu filho mais novo tomar a frente da única dinastia comunista da Ásia.
Deterioração
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira a Coreia do Norte, que executou recentemente um teste nuclear e lançou vários mísseis, de abrir mão de qualquer iniciativa que possa "deteriorar uma situação já grave".
"Peço com urgência às autoridades norte-coreanas que se abstenham de qualquer nova iniciativa que possa deteriorar uma situação já grave", declarou Ban em uma entrevista coletiva conjunta com o ministro japonês das Relações Exteriores, Hirofumi Nakasone.
Ban pediu ainda aos países membros da ONU a aplicação da resolução 1874 do Conselho de Segurança, que prevê a inspeção dos carregamentos da Coreia do Norte suspeitos de transportar materiais relacionados às atividades nucleares ou balísticas deste país.
Com Reuters e Efe
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