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30/06/2009 - 11h56

Coreia do Sul acusa Coreia do Norte de tentar enriquecer urânio

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da Folha Online

A Coreia do Norte está tentando enriquecer urânio, mais um passo na escalada de seu programa para produzir armas atômicas, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul nesta terça-feira. A denúncia aumenta a tensão regional depois que o regime comunista testou, pela segunda vez, uma bomba nuclear em seu subsolo, no último dia 25 de maio.

"É claro que eles estão indo adiante com isto", disse Lee Sang-hee, ministro da Defesa, em uma audiência parlamentar, acrescentando que tal programa era muito mais fácil de esconder do que as atuais atividades com plutônio promovidas pelo país vizinho.

No início do mês, a Coreia do Norte afirmou que começaria a enriquecer urânio para um reator de água leve como resposta à punição da ONU (Organização das Nações Unidas) por seu mais recente teste nuclear.

Especialistas dizem que faltam tecnologia e recursos para a empobrecida Coreia do Norte construir um reator de alto custo civil, mas que talvez possa usar o programa como um disfarce para enriquecer urânio para uso bélico.

A Coreia do Norte, que possui amplo abastecimento de urânio natural, seria capaz de conduzir um programa de enriquecimento às escondidas e longe dos olhos dos satélites espiões dos Estados Unidos.

O programa de plutônio da Coreia do Norte utiliza um reator envelhecido e é centrado na planta nuclear Yongbyon, do período soviético, que tem sido observada pelo reconhecimento aéreo norte-americano por anos.

Dúvidas

Especialistas dizem que a Coreia do Norte tem adquirido equipamento necessário para o enriquecimento de urânio, incluindo centrífugas e tubos de alumínio altamente resistentes, mas eles duvidam que Pyongyang realmente adote o projeto.

"Parece improvável que a Coreia do Norte tenha êxito em estabelecer uma sólida capacidade de enriquecimento (...) no curto prazo", escreveu o especialista nuclear Hui Zhang em um artigo neste mês ao Boletim dos Cientistas Atômicos, acrescentando que a ajuda externa de aliados de Pyongyang, como o Irã, poderá acelerar o processo.

Uma acusação dos Estados Unidos de que Pyongyang estava operando clandestinamente um plano de enriquecimento de urânio levou a um colapso do acordo de desarmamento de 1994 e ao início das discussões nucleares entre seis partes, em 2003. Tais discussões estão agora paralisadas já que Seul se recusa a permitir entrada de observadores estrangeiros.

Autoridades da Coreia do Sul dizem que as recentes ações militares da Coreia do Norte, que também incluem testes de mísseis e ameaças em atacar o vizinho do sul, visam provavelmente angariar apoio interno ao líder Kim Jong-il, 67, enquanto ele prepara o terreno para seu filho mais novo tomar a frente da única dinastia comunista da Ásia.

Deterioração

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira a Coreia do Norte, que executou recentemente um teste nuclear e lançou vários mísseis, de abrir mão de qualquer iniciativa que possa "deteriorar uma situação já grave".

"Peço com urgência às autoridades norte-coreanas que se abstenham de qualquer nova iniciativa que possa deteriorar uma situação já grave", declarou Ban em uma entrevista coletiva conjunta com o ministro japonês das Relações Exteriores, Hirofumi Nakasone.

Ban pediu ainda aos países membros da ONU a aplicação da resolução 1874 do Conselho de Segurança, que prevê a inspeção dos carregamentos da Coreia do Norte suspeitos de transportar materiais relacionados às atividades nucleares ou balísticas deste país.

Com Reuters e Efe

Comentários dos leitores
J. R. (1159) 21/11/2009 17h42
J. R. (1159) 21/11/2009 17h42
Logo se vê que Israel encontrou um adversário à altura no O.M., pois contesta até mesmo que o Irã lance um satélite em 2011 acusando o mesmo de propósito de espionagem. Interessante, e não tem nenhum prêmio nobel no Irã, cadê o nobel como fator determinante de supremacia racial? Talvez a auto-premiação não seja uma coisa boa afinal ... sem opinião
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eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h12
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h12
A coréia do Norte esta certíssima, não dorme enquanto o inimigo esta acordado. Se querem retirar do mundo as armas nucleares comecem com quem tem. Eua e sua compania estão armados até os dentes. Principalmente o Eua mostra que usa bombas nucleares mesmo, e o Japão que se cuide, esta abrigando dentro de sí, o maior trairá que existe. Aqui no Brasil já fomos alvo de ataques pequenos, com outros tipos de armas, o ideal seríamos ter bombas nucleares, caso fossemos atacados de forma mais brutal. Pela liberdade de defesa, quem possui armas nucleares, não podem se intrometer com aqueles que querem possuir também. 1 opinião
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J. R. (1159) 01/11/2009 06h50
J. R. (1159) 01/11/2009 06h50
O impositivo acordo que FHC aderiu para nosso país nos tira do alvo do clube nuclear, controlado pelos nazisionistas do eixo que dominam o mundo. Agora dizem que nem mesmo a proibição de armas nucleares prevista na constituição é suficiente, a intromissão começa a passar dos limites. Qualquer reação ou declaração, como foi a do Bolsonaro para construir bomba, constitui um argumento para o início de uma perseguição, que o Brasil já foi alvo anteriormente, por parte do "não tão aliado assim" U-S-A; de maneira que as autoridades brasileiras devem evitar declarações polêmicas que sirvam de "carvão" para os "candinhas" da AIEA prejudicarem nosso país. "Brasil é pressionado a aceitar inspeções intrusivas a programa nuclear." 56 opiniões
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eduardo de souza (628) 11/09/2009 18h17
eduardo de souza (628) 11/09/2009 18h17
Opa! Opa! Esse espaço do fórum é para falar sobre a Coréia do Norte, gripe suína esta em outro lugar.
Esse pessoal do "escritório" se infiltra em tudo mesmo... O USA, (não confundir com o verbo usar) não pode dar conta de ataques simultaneos, he, he, estão mostrando fraqueza, e quando o inimigo se encolhe, é a hora de ir para cima. Tentar dominar simultaneamente vários países é a desgraça de todos os guerreadores. Enchem-se de autoconfiança e cometem o erro fatal, não conseguem permanecer nas bases hospedeiras. O mesmo sentimento que levanta, derruba também, por ser ele, esse sentimento egoísta, falso e contrário ao que deseja o espécie humano. Tentar dominar as pessoas e suas culturas nunca será bom, para ninguém, como tudo na vida tem dois aprendizado, espero que não seja pela dor que irão aprender os filhos do tio sam.
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joao martins (76) 11/09/2009 17h44
joao martins (76) 11/09/2009 17h44
Bom, provavelmente, os americanos vão dizer ao coreanos que os estados unidos vão DESTRUIR todas armas nucleares americanas e que os coreanos e outros paises do mundo, façam a mesma coisa, deve ser isso né? COERÊNCIA. 1 opinião
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J. R. (1256) 05/08/2009 22h54
J. R. (1256) 05/08/2009 22h54
A libertação das duas jornalistas iankee-coreanas pelo ditador norte-coreano deve ser entendido como um ato de boa vontade desse país castigado e isolado. Por aqui com meus "borbotões" penso que os Estados Unidos são um país rachado: por um lado democratas sulistas e por outro republicanos sionistas. A luta entre norte e sul continua, embora democraticamente podemos constatar uma alternância de poder entre as duas facções. A republicana é a mais reacionária, pois representa os interesses do conglomerado armamentista e de wall street. 3 opiniões
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