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24/06/2003
-
08h23
O Exército israelense prendeu mais de 130 ativistas palestinos na madrugada de hoje (horário de Brasília) na região de Hebron, no sul da Cisjordânia, durante uma grande operação contra o movimento islâmico Hamas. Mas o total de detidos ultrapassa 160, segundo informações do jornal israelense "Haaretz".
A operação, realizada por tropas de elite da infantaria israelense em Hebron e Nablus, deverá "prosseguir pelas próximas horas", segundo um comunicado oficial.
"As infra-estruturas do Hamas na região de Hebron são responsáveis pelos atentados que mataram 52 cidadãos israelenses, incluindo o ataque suicida de 11 de junho contra um ônibus em Jerusalém, que deixou 17 mortos e mais de cem feridos", diz o comunicado.
Ontem, durante todo o dia, autoridades palestinas e israelenses aguardaram uma resposta do Hamas a respeito de um cessar-fogo, mas a liderança da organização acabou não divulgando nenhum comunicado.
Hoje, o Hamas anunciou que dirá se aceita ou não um cessar-fogo "no momento apropriado, sem esclarecer quando isso deve ocorrer.
Plano de paz
Um cessar-fogo é crucial para a implementação do plano de paz elaborado pelo Quarteto (Rússia, EUA, ONU e União Européia), que prevê a criação de um Estado palestino até 2005. Na primeira fase, os palestinos devem combater os grupos militantes, enquanto Israel deve deixar gradualmente os territórios ocupados depois do início da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense), em setembro de 2000.
Mas ondas de violência e esforços de cessar-fogo têm sido provocados tanto pelo Hamas como por Israel.
Israel disse que aceitaria um cessar-fogo. O primeiro-ministro palestino, Abu Mazen, declarou que não usaria a força contra militantes, temendo o início de uma guerra civil.
Duração
Segundo uma fonte palestina envolvida nas negociações de cessar-fogo, a proposta de cessar-fogo foi enviada a Khaled Mashal, dirigente do Hamas em Damasco (Síria).
A proposta não especifica a duração do cessar-fogo, que será deixada para mediadores egípcios negociarem, afirmou a fonte. O documento declara que os grupos armados estão querendo dar a Mazen uma chance para alcançar um acordo com israelenses, disse a fonte.
O acordo de cessar-fogo foi elaborado por Marwan Barghouti. Ele é um dos líderes da atual Intifada e do Fatah [a facção política do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, e do premiê Abu Mazen]. Barghouti mantém contato com Mashal por meio de intermediários, enquanto o Egito supervisiona as negociações.
Com agências internacionais
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Israel prende mais de 160 palestinos na Cisjordânia
da Folha OnlineO Exército israelense prendeu mais de 130 ativistas palestinos na madrugada de hoje (horário de Brasília) na região de Hebron, no sul da Cisjordânia, durante uma grande operação contra o movimento islâmico Hamas. Mas o total de detidos ultrapassa 160, segundo informações do jornal israelense "Haaretz".
A operação, realizada por tropas de elite da infantaria israelense em Hebron e Nablus, deverá "prosseguir pelas próximas horas", segundo um comunicado oficial.
"As infra-estruturas do Hamas na região de Hebron são responsáveis pelos atentados que mataram 52 cidadãos israelenses, incluindo o ataque suicida de 11 de junho contra um ônibus em Jerusalém, que deixou 17 mortos e mais de cem feridos", diz o comunicado.
Ontem, durante todo o dia, autoridades palestinas e israelenses aguardaram uma resposta do Hamas a respeito de um cessar-fogo, mas a liderança da organização acabou não divulgando nenhum comunicado.
Hoje, o Hamas anunciou que dirá se aceita ou não um cessar-fogo "no momento apropriado, sem esclarecer quando isso deve ocorrer.
Plano de paz
Um cessar-fogo é crucial para a implementação do plano de paz elaborado pelo Quarteto (Rússia, EUA, ONU e União Européia), que prevê a criação de um Estado palestino até 2005. Na primeira fase, os palestinos devem combater os grupos militantes, enquanto Israel deve deixar gradualmente os territórios ocupados depois do início da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense), em setembro de 2000.
Mas ondas de violência e esforços de cessar-fogo têm sido provocados tanto pelo Hamas como por Israel.
Israel disse que aceitaria um cessar-fogo. O primeiro-ministro palestino, Abu Mazen, declarou que não usaria a força contra militantes, temendo o início de uma guerra civil.
Duração
Segundo uma fonte palestina envolvida nas negociações de cessar-fogo, a proposta de cessar-fogo foi enviada a Khaled Mashal, dirigente do Hamas em Damasco (Síria).
A proposta não especifica a duração do cessar-fogo, que será deixada para mediadores egípcios negociarem, afirmou a fonte. O documento declara que os grupos armados estão querendo dar a Mazen uma chance para alcançar um acordo com israelenses, disse a fonte.
O acordo de cessar-fogo foi elaborado por Marwan Barghouti. Ele é um dos líderes da atual Intifada e do Fatah [a facção política do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, e do premiê Abu Mazen]. Barghouti mantém contato com Mashal por meio de intermediários, enquanto o Egito supervisiona as negociações.
Com agências internacionais
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