Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/07/2009 - 09h35

Funcionário da ONU morre em tentativa de sequestro no Paquistão

Publicidade

da Folha Online

Um funcionário do Acnur (Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas) que trabalhava em um campo para civis deslocados da cidade paquistanesa de Peshawar morreu nesta quinta-feira em uma tentativa de sequestro. O ataque deixou ainda um segurança morto e outras duas pessoas feridas.

O paquistanês foi atingido por tiros no peito e não resistiu aos ferimentos. Ele trabalhava no campo de Kutchi Gari para civis refugiados dos confrontos entre tropas do Exército e o grupo radical Taleban --que deixaram cerca de 2 milhões de deslocados.

Mohammad Sajjad-15jul.09/AP
Refugiados palestinos voltam para casa em Shergarh; funcionário da ONU que trabalhava em campo de refugiados foi assassinado
Refugiados palestinos voltam para casa em Shergarh; funcionário da ONU que trabalhava em campo de refugiados foi assassinado

"Tentaram sequestrá-los e atiraram neles. Um dos trabalhadores morreu e o outro foi levado a um hospital da cidade, onde se encontra bem", disse uma fonte do Acnur, em Islamabad.

De acordo com a nota oficial da agência da ONU (Organização das Nações Unidas), a vítima é Zill-e-Usman, 59. Ele trabalhava para a agência desde 1984 e liderava o Conselho de Pessoal em Peshawar. O outro funcionário da agência ferido na ação é Ishfaq Ahmed, oficial de repatriação.

O acampamento de Kacha Garhi foi aberto em 1979 para receber refugiados afegãos, mas, atualmente, acolhe famílias de deslocados pelos combates há meses entre o Exército e os talebans no norte do Paquistão.

O Exército paquistanês declarou na semana passada que, no conflituoso Vale de Swat e em outros distritos vizinhos, havia condições para o retorno dos deslocados, iniciado de forma oficial na segunda-feira passada (13).

Até esta quarta-feira, segundo o comando paquistanês, 2.296 famílias voltaram para casa em Malakand, centro dos combates.

Ofensiva

Com apoio do governo americano, o Exército paquistanês lançou uma grande ofensiva militar no dia 26 de abril para reagir aos talebans paquistaneses que tentaram tomar controle do distrito de Baixo Dir e do vizinho Buner, ambos nos arredores do vale do Swat.

Os talebans invadiram há cerca de dois anos a região, um antigo ponto turístico do país transformado em reduto para os militantes que planejam os ataques às forças de segurança no país e no vizinho Afeganistão.

Em meados de fevereiro, Islamabad assinou um acordo de paz para tentar conter o avanço terrorista. O acordo propunha cessar-fogo em troca da instauração, em Swat e em outros seis distritos, de tribunais islâmicos da sharia.

Em vez de entregar as armas, os radicais islâmicos aproveitaram a oportunidade para tomar o controle os distritos de Buner e Baixo Dir, ficando a cerca de cem km da capital Islamabad. O governo, sob a intensa pressão de Washington, encerrou o acordo e iniciou ofensivas em Swat, e nos distritos vizinhos de Dir e Buner.

Fontes militares confirmam que mais de 1.700 militantes talebans e quase 170 soldados paquistaneses foram mortos durante os combates. No entanto, nenhum dos principais líderes do Taleban locais foram capturados, elevando os temores de que o conflito possa continuar.

Com Efe e France Presse

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
avalie fechar
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
avalie fechar
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (335)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página