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Chávez promete comprar tanques contra plano militar entre Colômbia e EUA
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ENRIQUE ANDRÉS PRETEL
da Reuters, em Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira que a Venezuela continuará comprando armas diante da "ameaça" supostamente representada pelo pacto que permitirá aos americanos utilizar três bases militares na Colômbia. Chávez, o principal opositor ao acordo de cooperação militar, alertou que o "império" --termo que usa para se referir aos Estados Unidos-- que incitar uma guerra na região.
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Caracas retirou no mês passado seu embaixador de Bogotá e tomou algumas medidas de pressão econômica como protesto contra o acordo do governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, com Washington, que permitirá aos EUA utilizar sete bases militares do país sul-americano.
David Fernández-05ago.09/Efe |
Presidente Hugo Chávez diz que vai se armar contra pacto militar entre Colômbia e EUA |
O novo acordo, previsto para ser finalizado neste mês, permitirá a Washington manter 1.400 pessoas entre militares e civis nos próximos dez anos e compensará o recente fechamento da base americana de Manta, no Equador. Os países vizinhos veem o acordo como uma ameaça militar na região.
Chávez, que afirma realizar uma revolução socialista em favor dos pobres, disse que em sua próxima visita a Moscou, na Rússia, prevista para setembro comparará "ao menos três batalhões de tanques russos" para preparar-se ante uma eventual guerra com Colômbia ou EUA.
"Lamentavelmente temos que nos armar. Cada quadro do partido tem que ser um soldado combatente [...] pronto para a guerra para defender a pátria ante uma agressão do império norte-americano", disse Chávez em um ato com militantes de seu Partido Socialista Unido da Venezuela.
A Venezuela iniciou no ano passado negociações para comprar tanques T-72M, segundo fontes da indústria de defesa da Rússia.
Chávez já comprou em Moscou mais de US$ 4,4 bilhões em armamento, incluindo aviões de combate, fuzis Kalashnicov e helicópteros. Tais compras foram criticadas pela Colômbia e pelos EUA.
"Transformaremos a Venezuela em uma fortaleza inexpugnável, como Cuba", afirmou o presidente, saudado pelos seguidores, após saudar seu amigo e aliado Fidel Castro, ex-ditador da ilha.
Uribe realizou esta semana um giro por países da região para explicar que o projeto não contempla a instalação de bases militares norte-americanas na Colômbia, mas sim o uso compartilhado de instalações colombianas, e que o acordo é necessário para fortalecer a luta contra o tráfico de drogas e a guerrilha.
No entanto, o presidente venezuelano denunciou que a Casa Branca deseja invadir seu país para assumir as principais reservas de petróleo do Ocidente.
"Os ianques estão desesperados porque já não têm petróleo e não puderam capturar o petróleo do Iraque. Nós estamos outra vez na mira porque querem a Faixa Petrolífera de Orinoco", acusou Chávez.
A Venezuela, um dos principais fornecedores de energia para os EUA, afirma que a Faixa de Orinoco possui os maiores campos de hidrocarbonetos do mundo.
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