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Paquistão investiga briga em reunião por sucessão de líder taleban morto
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da France Presse, em Islamabad (Paquistão)
Informes sobre um tiroteio entre dois altos líderes do grupo islâmico radical Taleban em uma região remota perto da fronteira com o Afeganistão levaram as autoridades paquistanesas a investigar neste sábado uma possível disputa interna para suceder o líder do taleban local Baitullah Mehsud, que, segundo a inteligência paquistanesa, foi morto em um bombardeio da CIA (agência de inteligência americana) esta semana.
O ministro de Interior do Paquistão, Rahman Malik, afirmou neste sábado que a briga foi entre os apoiadores dos comandantes Taleban Waliur Rehman e Hakimullah. Este último, que negou neste sábado a morte de Mehsud, contrariando depoimento de outros assessores do líder taleban, teria morrido na briga.
Reuters |
Líder dos Talebans no Paquistão, Baitullah Mehsud, teria morrido em ataque de avião da CIA (agência de inteligência dos EUA) |
Malik afirmou neste sábado que a informação ainda estava sendo verificada e que era preciso ver "os corpos, analisar algum DNA, ter algo sólido" antes de confirmar a morte, seja de Mehsud ou de seu candidato à sucessão.
Os dois homens teriam se desentendido em uma reunião do comando taleban na região tribal do Wazaristão do Sul para escolher o provável sucessor de Baitullah Mehsud.
Hakimullah é o vice de Mehsud e seu porta-voz. Já Wali-ur Rehman é o principal comandante do movimento de Mehsud conhecido como Movimento de Talebans do Paquistão (TTP).
O governo do Paquistão manteve neste sábado uma prudente atitude de satisfação em relação à suposta morte do chefe taleban, apesar das dúvidas que ainda pairam sobre essa notícia que implica um duro golpe contra os rebeldes.
A inteligência paquistanesa afirma que ele está morto, mas membros dos talebans insistem que a se trata de uma mentira, embora não tenham oferecido provas.
"Temos sólidas provas da morte de Baitullah Mehsud, mas a situação vai ser esclarecida nas próximas 48 horas", insistiu Malik.
Segundo autoridades paquistanesas e habitantes do Waziristão do Sul (noroeste), reduto de Baitullah Mehsud, este último teria sido morto na quarta-feira em um ataque de avião não tripulado americano que também matou sua segunda mulher.
A morte de Mehsud seria uma vitória importante nos combates realizados por Islamabad e seu aliado morte-americano contra os rebeldes do noroeste do país.
Mehsud, 35, foi educado em uma escola religiosa de Miranshá, principal cidade do Waziristão do Sul; viajou para o Afeganistão na década de noventa para lutar junto aos talebans na guerra civil.
Até sua volta ao Paquistão, os talibãs do Waziristão do Sul eram dirigidos por outro chefe da tribo, Abdullha Mehsud, que morreu em julho de 2007.
Baitullah assumiu, então, o lugar dele e criou o Movimento de Talebans do Paquistão (Tehreek-e-Taliban Pakistan, TPP), acusado por Washington e Islamabad de estar por trás da onda de atentados suicidas que deixou mais de dois mil mortos no Paquistão, desde junho de 2007. Entre as vítimas destes ataques, está a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto.
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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