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30/08/2009 - 15h49

Inglaterra afirma "interesse" na libertação de terrorista líbio

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da Efe, em Londres

O governo britânico considerou, há dois anos, que era de "enorme interesse" para o Reino Unido o retorno à Líbia de Abdelbaset Ali al-Megrahi, condenado pelo atentado contra um avião da Pan Am que explodiu no ar sobre a localidade escocesa de Lockerbie, em dezembro de 1988.

Assim revela hoje o jornal "The Sunday Times", após a grande polêmica surgida há poucos dias pela decisão do governo escocês de libertar Megrahi no último dia 20 por razões humanitárias, já que ele sofre de um câncer de próstata terminal.

Segundo o jornal, o governo britânico do primeiro-ministro Gordon Brown não se opôs à libertação de Megrahi --como parte de um amplo acordo sobre a entrega de presos líbios-- depois que surgiram dificuldades em algumas conversas entre a Líbia e a companhia petrolífera BP, em relação a um multimilionário contrato para a prospecção de petróleo.

Estas diferenças puderam ser superadas após se considerar a libertação de Megrahi, segundo o "Sunday Times".

O jornal faz referência a algumas cartas que o ministro da Justiça britânico, Jack Straw, enviou há dois anos a seu colega escocês, Kenny MacAskill, no qual fazia referência a Megrahi.

A princípio, Straw pretendia excluir Megrahi de um acordo com a Líbia sobre o envio de prisioneiros líbios, pelo qual estes podiam cumprir pena em seu país.

Mas, depois, Straw mudou sua posição, já que a Líbia utilizou as negociações com a BP como argumento para insistir em que o acusado de Lockerbie fosse incluído no acordo sobre presos.

Em declarações hoje à BBC, Straw negou que os acordos comerciais com a Líbia tenham influenciado na libertação de Megrahi.

"A implicação de que, de uma maneira ou outra, tenhamos feito um acordo pela porta de atrás a fim de libertar Megrahi é uma bobagem", afirmou o ministro.

Megrahi é o único condenado pelo atentado contra o avião da Pan Am, que se dirigia de Londres aos Estados Unidos, quando sobrevoava Lockerbie e no qual morreram os 259 ocupantes (189 deles americanos) e 11 moradores dessa localidade escocesa.

 

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