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04/09/2009 - 14h34

Casa Branca diz que suposta ampliação de colônias não condiz com paz

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da Folha Online

Em comunicado, a Casa Branca afirmou nesta sexta-feira que a autorização de mais obras nas colônias israelenses instaladas na Cisjordânia é "inconsistente" com o compromisso do Estado judaico com o Mapa do Caminho, acordo para negociar a paz firmado em 2003. Os meios de comunicação israelenses informaram nesta sexta-feira que o governo irá realizar novas construções nas colônias antes de concordar com o congelamento exigido pelos EUA.

Charles Dharapak/AP
O presidente Barack Obama, que pressiona Israel para congelar colônias e negociar paz
O presidente Barack Obama, que pressiona Israel para congelar colônias e negociar paz

"O primeiro-ministro aprovará nos próximos dias projetos de construção nos assentamentos e só depois poderá aceitar uma moratória de vários meses", disse à agência de notícias France Presse uma fonte governamental.

Mesmo assim, o congelamento com o qual o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, estaria disposto a concordar seria "parcial e temporário" e duraria nove meses. Há informações de que os EUA já teriam concordado em flexibilizar sua exigência de congelamento total dessas colônias, desde que as negociações de paz sejam retomadas.

No comunicado desta sexta-feira, a Casa Branca afirma que "não aceita a legitimidade da contínua expansão dos assentamentos e pede que isso pare". "Estamos trabalhando para criar um clima no qual as negociações possam ocorrer, e essas ações [planos para novas construções] só dificultam."

Para os palestinos e para boa parte da comunidade internacional, todas as colônias judaicas construídas em território ocupado na Guerra dos Seis Dias (1967) são ilegais e representam sérios obstáculos à paz e à criação de um futuro Estado palestino vizinho. No entanto, Israel defende haver um "crescimento natural" desses locais e, por isso, realiza construções.

"O compromisso dos EUA com a segurança de Israel é e continuará inabalável. Acreditamos que isso pode ser alcançado mais facilmente por meio de uma abrangente paz na região que inclui a solução de dois Estados, com um Estado palestino convivendo lado a lado, e em paz, com Israel. Essa é a meta final com a qual o presidente está pessoalmente comprometido."

Cerca de 300 mil israelenses vivem atualmente nos assentamentos da Cisjordânia. Segundo o "Haaretz", Israel já está construindo cerca de 2.500 casas na Cisjordânia e a elas deverão ser somadas às últimas construções que ocorreriam antes da suspensão. As construções são do lado oriental de Jerusalém, reivindicada por israelenses e palestinos como capital.

O jornal israelense "Yedioth Ahronoth" destacou nesta sexta-feira que, se aceitar congelar as colônias, Netanyahu irá se tornar o primeiro chefe de governo da direita israelense a fazê-lo desde a sua construção, uma política lançada no começo dos anos 1970, alguns anos após a Guerra dos Seis Dias (1967).

 

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