EUA devem vacinar 70% para conter gripe suína, diz estudo

Um estudo publicado no site da revista "Science" nesta quinta-feira afirma que somente uma campanha ativa de vacinação, que deve ser iniciada o mais rápido possível, pode impedi que a gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- avance pelos Estados Unidos.

Pesquisadores do Centro Fred Hutchinson de Pesquisas do Câncer afirmam que os primeiros alvos da vacinação devem ser as crianças --dos seis meses aos 18 anos-- e que a campanha terá que atingir a maioria da população, 70%. Além das crianças entre seis meses e 18 anos, deveriam ser priorizados também profissionais de saúde e pacientes de doenças crônicas ou com sistemas imunológicos comprometidos.

Segundo um dos autores do relatório, existe uma combinação de fatores que determinarão a rapidez no controle da pandemia do vírus A (H1N1), além de uma possível neutralização, até ele se torne mais fraco que o de uma gripe comum.

Entre esses fatores, indicou a vacinação efetiva da população junto com o início da inoculação pelo menos um mês antes que a propagação atinja seu ponto mais alto.

De acordo com os cientistas, embora o isolamento social dos infectados pelo vírus e o uso de remédios antivirais possam ser parcialmente efetivos para frear a propagação da gripe suína, a vacinação continua sendo o melhor método de controle.

Conforme o último relatório divulgado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), a gripe suína já matou 593 pessoas nos EUA entre 9.079 casos graves. Isso em pleno verão (no hemisfério norte). O temor é o de que, com a chegada do outono e inverno, neste final de ano, com a consequente queda da temperatura, haja surto.

Segundo observações epidemiológicas feitas no estudo, as crianças fazem parte do grupo que apresenta a maior incidência de infecções pelo vírus, tanto nos EUA quanto em outras partes do mundo. De acordo com uma pesquisa realizada em uma escola privada de Nova York, em abril passado, um estudante infecta uma média de 2,4 colegas.

As autoridades de saúde dos EUA iniciaram, há dois meses, os testes de uma vacina contra o vírus A (H1N1), mas advertiram que ela não estará pronta antes de 21 de setembro próximo.