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11/09/2009 - 17h19

Brasil insistirá com Colômbia por garantias sobre bases, diz Amorim

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da Efe, no Rio

O chanceler Celso Amorim disse nesta sexta-feira que o Brasil insistirá, durante a reunião do Conselho de Defesa da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), para que a Colômbia seja transparente e dê garantias de que seu acordo com os Estados Unidos não será uma ameaça para os demais países da região.

"Pediremos transparência, medidas que gerem confiança e garantias", afirmou Amorim em entrevista a correspondentes estrangeiros, no Rio.

Sergio Moraes /Reuters
O chanceler Amorim, que deverá insistir para que atuação dos EUA na região fique restrita
O chanceler Amorim, que deverá insistir para que atuação dos EUA na região fique restrita

O ministro disse que o polêmico acordo, que permitirá aos EUA a utilização de até sete bases militares da Colômbia em operações contra o narcotráfico, é um assunto "que incomoda não só ao Brasil, mas a todos ou quase todos os países da América do Sul". "Não é que o Brasil se veja ameaçado", disse Amorim, mas qualquer país se "preocupa em ter perto do território bases estrangeiras de grandes potências".

O ministro disse que muitas vezes o temor de ameaças externas pode ser exagerado e, por isso, insistiu na necessidade de que a Colômbia dê garantias de que a presença dos EUA se restringirá a seu território e aos fins para os quais foi estipulada, pois isso ajudaria a criar um clima de confiança.

Neste sentido, disse que o assunto das garantias é onde há "maiores resistências por parte da Colômbia", apesar de nesta semana o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, ter ido a Brasília para tratar o tema. "Não se pode substituir garantias por declarações de imprensa vagas", disse Amorim, em aparente referência a uma entrevista em que Bermúdez assinalou que o próprio acordo militar com os EUA contém essas garantias.

O Conselho de Defesa da Unasul se reunirá na próxima terça-feira (15) no Equador, como foi acordado na última cúpula, realizada no fim de agosto, em Bariloche (Argentina).

Embora a reunião tenha sido convocada fundamentalmente para tratar sobre o acordo militar EUA-Colômbia, alguns países querem colocar outros assuntos do âmbito da defesa, como a luta contra o terrorismo e as recentes compras de armas por alguns governos da região.

O chanceler insistiu em outro ponto da retórica brasileira, que é o de arrastar o presidente dos EUA, Barack Obama, para o debate. "Não posso esconder que há uma certa ansiedade em toda a região" em tratar o tema diretamente com Obama, disse o ministro.

Comentários dos leitores
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h15
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h15
claudia kabus, se fizerem uma pesquisa de quem apoia Hugo Chaves apenas 0,5% não aprovariam, adivinhe quem são esses 0,5%? 1 opinião
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J. R. (1157) 10/11/2009 21h36
J. R. (1157) 10/11/2009 21h36
'O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil está disposto, caso peçam, a atuar como mediador entre Colômbia e Venezuela para reduzir as tensões que levaram o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a alertar sobre uma possível guerra.' - Creio que esse é o momento do Brasil endurecer a postura para que todos saibam que não toleraria incursões em seu território, já que uma eventual guerra entre FARC x Colômbia x Venezuela x Estados Unidos espirraria em nosso território, e a licitação dos caças do Brasil 'nem começou' ainda. Juiz de boxe também vai a nocaute às vezes ... 59 opiniões
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Juca Bala (84) 10/11/2009 18h31
Juca Bala (84) 10/11/2009 18h31
Foi bonita a festa de comemoração da queda do muro de Berlim e do fim do símbolo de um regime desumano e retrógrado. Será que o Chico vai cantar "Foi bonita a festa pá" rsrsrs. "A queda do muro --escreveu João Paulo 2°-- como a queda de perigosos simulacros e de uma ideologia opressiva, demonstraram que as liberdades fundamentais, que dão significado à vida humana, não podem ser reprimidas nem sufocadas por muito tempo".(Ou viva o neo-liberalismo) Santas palavras... ainda não aprendidas pelos muitos cabeças de bagre por aqui. sem opinião 1 opinião
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