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28/08/2003
-
12h33
da Folha Online
O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em um atentado em Bagdá no dia 19 de agosto, foi enterrado hoje no Cimetiere des Rois (Cemitério dos Reis), no centro de Genebra, na Suíça. O diplomata atuou durante grande parte de sua carreira na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra.
Antes do enterro, restrito aos parentes e amigos mais próximos, cerca de 500 pessoas se instalaram na igreja católica Saint-Paul, em Genebra, para a cerimônia de sepultamento de Vieira de Mello.
Participaram da cerimônia Nane Annan, mulher do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e Louise Frechette, vice-secretária-geral da ONU.
Além da soprano Barbara Hendrix, amiga de Vieira de Mello, estavam presentes o corpo diplomático da ONU em Genebra e autoridades da cidade.
A viúva e os dois filhos do diplomata brasileiro chegaram com o carro fúnebre e entraram na igreja sem dar declarações à imprensa.
O caixão foi carregado por seis pessoas, depois de ser benzido por um sacerdote e saudado por uma formação de honra dos guardas de segurança da ONU.
Entre as pessoas que seguraram o caixão estavam três ex-guarda-costas de Vieira de Mello.
No fim da tarde (horário local), o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, que foi dirigido por Vieira de Mello, organizará um ato em sua homenagem.
Caminhão-bomba
Vieira de Mello, 55, morreu no dia 19 de agosto na explosão de um caminhão-bomba contra a sede da ONU em Bagdá. Outras 22 pessoas morreram na explosão, que deixou mais de cem feridos.
O diplomata começou sua carreira no Alto Comissariado para Refugiados das Nações Unidas, na sede da ONU, em Genebra, em 1969.
Em setembro do ano passado, ele foi nomeado alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, também na sede da ONU.
A pedido de Annan, Vieira de Mello suspendeu seu trabalho em junho para aceitar seu mais difícil trabalho --quatro meses como representante especial da ONU em Bagdá. O período seria concluído em setembro.
O enterro de Vieira de Mello ocorreria inicialmente em Thonon-les-Bains, um cidade francesa perto de Genebra onde ele vivia. Mas autoridades de Genebra convidaram a família a sepultá-lo no Cimetiere des Rois, reservado a personalidades que marcaram a história internacional ou do país.
Apesar do nome, o cemitério não tem nada a ver com reis --a Suíça nunca teve uma monarquia. O nome do cemitério se deve ao fato de o local ter sediado competições de arco e flecha medieval, cujo ganhador é declarado "rei".
O Cimetiere des Rois abriga os túmulos do religioso francês do século 16 João Calvino, do escritor argentino e ganhador do Prêmio Nobel Jorge Luis Borges (1899-1986) e de diversos políticos suíços. Vieira de Mello é a primeira alta autoridade da ONU a ser enterrada no local.
Com agências internacionais
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Diplomata brasileiro Vieira de Mello é enterrado em Genebra
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O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em um atentado em Bagdá no dia 19 de agosto, foi enterrado hoje no Cimetiere des Rois (Cemitério dos Reis), no centro de Genebra, na Suíça. O diplomata atuou durante grande parte de sua carreira na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra.
Antes do enterro, restrito aos parentes e amigos mais próximos, cerca de 500 pessoas se instalaram na igreja católica Saint-Paul, em Genebra, para a cerimônia de sepultamento de Vieira de Mello.
| Arquivo Reuters |
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| O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello |
Além da soprano Barbara Hendrix, amiga de Vieira de Mello, estavam presentes o corpo diplomático da ONU em Genebra e autoridades da cidade.
A viúva e os dois filhos do diplomata brasileiro chegaram com o carro fúnebre e entraram na igreja sem dar declarações à imprensa.
O caixão foi carregado por seis pessoas, depois de ser benzido por um sacerdote e saudado por uma formação de honra dos guardas de segurança da ONU.
Entre as pessoas que seguraram o caixão estavam três ex-guarda-costas de Vieira de Mello.
No fim da tarde (horário local), o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, que foi dirigido por Vieira de Mello, organizará um ato em sua homenagem.
Caminhão-bomba
Vieira de Mello, 55, morreu no dia 19 de agosto na explosão de um caminhão-bomba contra a sede da ONU em Bagdá. Outras 22 pessoas morreram na explosão, que deixou mais de cem feridos.
O diplomata começou sua carreira no Alto Comissariado para Refugiados das Nações Unidas, na sede da ONU, em Genebra, em 1969.
Em setembro do ano passado, ele foi nomeado alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, também na sede da ONU.
A pedido de Annan, Vieira de Mello suspendeu seu trabalho em junho para aceitar seu mais difícil trabalho --quatro meses como representante especial da ONU em Bagdá. O período seria concluído em setembro.
O enterro de Vieira de Mello ocorreria inicialmente em Thonon-les-Bains, um cidade francesa perto de Genebra onde ele vivia. Mas autoridades de Genebra convidaram a família a sepultá-lo no Cimetiere des Rois, reservado a personalidades que marcaram a história internacional ou do país.
Apesar do nome, o cemitério não tem nada a ver com reis --a Suíça nunca teve uma monarquia. O nome do cemitério se deve ao fato de o local ter sediado competições de arco e flecha medieval, cujo ganhador é declarado "rei".
O Cimetiere des Rois abriga os túmulos do religioso francês do século 16 João Calvino, do escritor argentino e ganhador do Prêmio Nobel Jorge Luis Borges (1899-1986) e de diversos políticos suíços. Vieira de Mello é a primeira alta autoridade da ONU a ser enterrada no local.
Com agências internacionais
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