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15/09/2009 - 08h18

Turquia deve sediar reunião entre potências e Irã sobre questão nuclear

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da Folha Online

Turquia será "muito provavelmente" a sede da reunião de 1º de outubro próximo entre Irã e o grupo dos seis --Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha-- para debater a questão nuclear, afirmou o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Javier Solana.

"Penso que muito provavelmente será na Turquia", declarou Solana antes de uma reunião de ministros europeus das Relações Exteriores em Bruxelas.

Enquete: O Irã tem direito a um programa nuclear?

O encontro de outubro terá as presenças do negociador iraniano Said Khalili e do próprio Solana, além dos representantes dos seis países, que lideram os esforços da comunidade internacional pela desnuclearização do regime iraniano, apesar da resistência de Teerã em debater seu controverso programa nuclear.

As grandes potências propõem uma ajuda ao Irã na obtenção de energia nuclear com fins civis, sob controle internacional, ao mesmo tempo que ameaçam Teerã com novas sanções caso o país recuse o plano, já que temem um programa atômico com fins militares.

Teerã diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos, de geração de energia, e nega a discutir seu direito "inalienável" a um programa deste tipo.

"É difícil julgar como vão acabar as negociações antes que comecem, [mas] é verdade que não há em geral expectativas exageradas", disse Solana.

O mesmo tom de cautela sobre o encontro mostrou o ministro de Exteriores sueco e presidente rotativo do Conselho, Carl Bildt.

"Não espero que os temas pendentes se resolvam em reunião, mas só o fato de que ela irá acontecer já é um pequeno passo positivo", afirmou.

Documento

Na quarta-feira passada (09), o Irã ofereceu uma proposta de diálogo nuclear ao grupo dos seis. O documento, contudo, falava de "desafios globais" como desarmamento, o direito ao uso da energia nuclear, mas não citava o controverso programa nuclear iraniano.

Após uma abertura do chanceler iraniano à possibilidade de um diálogo sobre o programa nuclear do país, Ahmadinejad afirmou neste domingo que Teerã não está está disposta a conversar com as grandes potências sobre o tema.

Segundo uma cópia da proposta iraniana, obtida pela agência de notícias Associated Press, o texto entregue pelos iranianos ignora a sua exigência-chave da comunidade internacional e equivale a um manifesto clamando por uma nova ordem internacional.

A proposta de cinco páginas diz que o país está disposto a "embarcar em negociações abrangentes, globais e construtivas". Mas o documento evita abordar o pedido específico feito ao país pelos EUA e seus parceiros: o congelamento do enriquecimento de urânio.

O documento de palavras vagas é essencialmente um grandioso chamado para a renovação do panorama global. "A era difícil caracterizada pela dominação dos impérios [e] predominância de potências militares [...]está chegando ao fim", diz o documento.

Após uma abertura do chanceler iraniano à possibilidade de um diálogo sobre o programa nuclear do país, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad afirmou neste domingo (13) que Teerã não está está disposta a conversar com as grandes potências sobre o tema.

"A tecnologia nuclear pacífica é um direito legal e definitivo da nação iraniana, e o Irã não negociará com ninguém seus direitos inalienáveis", declarou Ahmadinejad, ao receber o embaixador britânico Simon Gass, que lhe entregou suas credenciais.

Com Efe e France Presse

Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
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