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15/09/2009 - 09h03

Comissão fará recontagem de 10% das urnas da eleição presidencial afegã

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da Folha Online

As cédulas de 10% das urnas serão examinadas e submetidas a uma recontagem por suspeitas de fraude nas eleições presidenciais de 20 de agosto passado no Afeganistão, anunciaram fontes oficiais. O atual presidente, Hamid Karzai, lidera a apuração com mais de 50% dos votos, margem que garante a vitória em primeiro turno.

A Comissão Eleitoral de Reclamações (ECC) ordenou na semana passada a recontagem das cédulas das seções eleitoras com provas claras e convincentes de fraude. O presidente da ECC, Grant Kippen, afirmou que a ordem será aplicada a 2.516 seções eleitorais, de um total de 24.630, de todas as Províncias.

Segundo o mais recente balanço, com 92,8% das urnas apuradas, Karzai tem 54,3% dos votos contra 28,1% de Abdullah. A lei eleitoral afegã prevê um segundo turno apenas se nenhum candidato conseguir mais de 50% dos votos no primeiro turno.

Com margem de mais de 25 pontos percentuais, a recontagem não deve alterar a vitória de Karzai --mas pode ser o suficiente para garantir um segundo turno contra Abdullah em uma votação na qual os observadores ficarão mais atentos a quaisquer sinais de fraude.

A eleição de 20 de agosto recebeu cerca de 2.800 denúncias de fraude da oposição sobre votos excedentes e números duvidosos. Karzai defendeu na quarta-feira passada (9) o processo como imparcial e honesto.

Abdullah pediu nesta segunda-feira a convocação de um segundo turno para garantir a legitimidade do processo. Ele afirmou ainda apoiar um governo de transição, que não fosse liderado nem por ele nem por Karzai, caso uma nova eleição fosse marcada para o próximo ano.

Os países ocidentais, que anteriormente elogiaram a eleição como uma vitória, preocupam-se com a legitimidade do pleito perante a população afegã --que participa de sua segunda eleição direta e tem pouca fé em um governo democrático afundado em corrupção.

Um governo ilegítimo pode prejudicar ainda os esforços do governo de Obama em ampliar a guerra contra o grupo islâmico radical Taleban no país, uma guerra que se torna cada vez mais impopular.

Com Efe e Reuters

Comentários dos leitores
J. R. (1160) 22/11/2009 14h07
J. R. (1160) 22/11/2009 14h07
"Afeganistão é o pior lugar do mundo para crianças, diz ONU" - É que o pessoal da ONU assistiu ao filme 'O caçador de pipas' e nunca assistiu a 'Pixote, a lei do mais fraco' ou 'Cidade de Deus'. Talvez uma visita a outras partes do mundo os façam parar de trabalhar apenas para os Estados Unidos e comecem a trabalhar em prol da humanidade. sem opinião
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samuel haddad carvalho (106) 07/11/2009 21h06
samuel haddad carvalho (106) 07/11/2009 21h06
Prezado sr. Mauro Harpen,
Talvez a maneira que escrevo seja um tanto difícil para algumas pessoas entenderem. Acho isso normal! Quando escrevi que se a força de trabalho dos afegãos fosse "utilizada" de maneira construtiva, isso serviria pra atrair muito mais gente para a reconstrução e não para a insurreição e a história, talvez, tivesse um destino diferente da que nós estamos vendo hoje. Sim! É verdade que citei ATÉ os nazistas souberam utilizar a abundante mão de obra ociosa na Alemanha da época. Foi somente com esse objetivo. Dizer que com essa frase era pra que "todos" se transformassem em nazistas ofende qualquer pessoa com um mínimo de bom senso. Até alguém que tem facilidade em tentar ofender as pessoas deve entender que o trabalho ocupa mente e corações. O Afeganistão sempre foi e continuará sendo tribal e democracia para eles é uma palavra desconhecida. Querem pacificá-lo? Sentem-se com os chefes tribais e coloquem todos para trabalhar. Não se deve "nazificar" tudo em nome do passado tão tenebroso pelo qual a história da humanidade já passou. Na minha opinião, os males do nazismo deveria ser matéria obrigatória em todas as escolas do mundo. Com o objetivo de jamais permitir que ele volte. Porém, algumas pessoas não aprendem. Mesmo já tendo sentido na própria pele. O gueto de Gaza não é diferente do de Varsóvia. E, igual em Varsóvia, eles também tem o direito a autodefesa. Parece que estão querendo transformar todo o território palestino em uma grande Gaza...
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Carlos Gonçalves (396) 05/11/2009 19h01
Carlos Gonçalves (396) 05/11/2009 19h01
O ministro francês esqueceu que na segunda guerra mundial, a resistência francesa não era terrorista, porque lutava contra os invasores. De Gaule formou a resistência encarregando Jean Moulin para cuidar dela.
E Petain, era o entreguista; queria um estado totalitário aliando-se à Itália e Alemanha. Parece que esse ministro esqueceu disso. Ele é um nazista. Espero que ele vá para a mesma prisão que Pétain foi na ilha de YEU. E que seja perpétua.
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