China anuncia prisão de grupo terrorista em Xinjiang

A polícia da Província de Xinjiang, cenário de recentes distúrbios étnicos que deixaram mais de 200 mortos, anunciou a prisão de um grupo terrorista em posse de material destinado a fabricar explosivos. Segundo a polícia, o grupo tinha planos de realizar diversos ataques, incluindo atentados suicidas.

Um comunicado no site do Ministério de Serviço Público afirma que as forças de segurança prenderem seis membros do grupo, incluindo seu líder, nos subúrbios da cidade de Aksu, na zona noroeste de Xinjiang, que tem população majoritariamente muçulmana.

As investigações iniciais mostram que os suspeitos começaram a planejar os ataques a bomba depois dos distúrbios em julho passado em Xinjiang, entre membros da maioria étnica han e da minoria uigur, que deixaram 197 mortos. Em 3 de setembro, um protesto de hans em Urumqi, capital da Província, deixou outros cinco mortos. Eles protestavam contra misteriosos ataques com seringas e por mais segurança.

O comunicado não diz quando as prisões foram realizadas.

O Ministério diz que o grupo montou três laboratórios de bombas nos arredores da cidade de Aksu, a cerca de 700 km sudoeste de Urumqi, e já tinham construído 20 bombas. Os explosivos, afirma a polícia, seriam colocados em carros, motocicletas e até homens-bomba.

A agência de notícias Xinhua identifica os dois líderes do grupo como Seyitamut Obul e Tasin Mehmut, supostamente membros da etnia uigur.

Dilxat Raxit, porta-voz do Congresso Mundial Uigur, com base na Alemanha, pediu uma investigação independente sobre as acusações e afirmou que as autoridades de Aksu já prenderam 143 uigures por violar restrições no mês sagrado do Ramadã.

Com agências internacionais