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09/10/2009 - 14h28

Veja reação dos líderes internacionais ao Prêmio Nobel da Paz de Obama

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da Folha Online

O presidente americano, Barack Obama, disse se sentir honrado, mas surpreso por receber o Prêmio Nobel da Paz de 2009. O democrata, que não estava entre os favoritos deste ano, foi premiado "por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", indicou o Comitê Nobel da Noruega.

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O prêmio de Obama causou uma onda de cartas de felicitações e declarações de que o prestigioso prêmio é um merecido reconhecimento ao trabalho de Obama para estabelecer uma política externa americana mais diplomática.

A maioria dos votos de felicitações veio acompanhado do desejo de que o prêmio incentive o presidente americano a intensificar os esforços pela paz no mundo.

Veja as reações pelo mundo

Israel

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, expressou nesta sexta-feira sua esperança de que a paz avence no mundo com Obama, depois que o presidente americano recebeu o Nobel da Paz 2009.

"Estou desde já muito feliz pela expectativa de trabalhar em estreita colaboração com o senhor durante os próximos anos para fazer avançar a paz e dar esperança aos povos da região que merecem viver em paz, em segurança e com dignidade", afirmou Netanyahu em um comunicado".

Já o presidente Shimon Peres afirmou que o prêmio entregue ao colega americano trouxe uma nova esperança à humanidade.

"Você trouxe a toda humanidade uma nova esperança. Sob sua liderança, a paz se tornou uma verdadeira prioridade", escreveu o presidente israelense, que também recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1994.

"Poucos líderes conseguiram mudar o espírito do mundo em tão pouco tempo e com semelhante impacto", acrescentou Peres.

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ONU

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, felicitou o presidente em um comunicado no qual diz que Obama "personifica o novo espírito de diálogo e compromisso com os principais problemas do mundo: mudança climática, desarmamento nuclear e um amplo leque de desafios à paz e segurança".

O secretário-geral "felicita de todo coração o presidente Barack Obama", afirma a assessoria de imprensa de Ban em um comunicado.

Diante das críticas de que o prêmio era prematura demais, Ban pediu "respeito" para a decisão do Comitê Nobel da Noruega de conceder o Nobel da Paz a Obama, após nove meses na Casa Branca.

"Respeito a decisão e o julgamento do Comitê Nobel. O comitê tomou uma decisão, que deve ser respeitada, e que apoio completamente", disse Ban, em um encontro à imprensa.

O principal responsável da ONU, já na segunda metade de seu mandato de cinco anos à frente do organismo, considerou que o "compromisso" do novo Prêmio Nobel da Paz para trabalhar com as Nações Unidas "dá à população do mundo esperança e novas perspectivas".

O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o líbio Ali Treki, se uniu em comunicado às felicitações a Obama pela concessão do prêmio pelo Comitê Nobel.

"Entregar o Prêmio Nobel da Paz ao presidente de um Estado-membro da Assembleia Geral da ONU incentivará as iniciativas globais com as quais o presidente Obama está firmemente comprometido para abordar os desafios de hoje e do amanhã", acrescentou.

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Gorbatchov

O ex-dirigente soviético e Prêmio Nobel da Paz em 1990, Mikhail Gorbatchov, afirmou que Obama "contribuiu para mudar o mundo". "Com sua atuação, você contribuiu para mudar o mundo. Minha visão do mundo e das relações entre os povos são próximas da sua", escreveu, em telegrama enviado ao presidente americano.

Gorbatchov disse que o comitê Nobel tomou "uma boa decisão", que demonstra "o reconhecimento do papel importante desempenhado pelo presidente americano", acrescentou. "É por isso que seu sucesso, senhor presidente, interessa a todos os que querem um mundo seguro e justo no século 21", prosseguiu.

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UE

O alto representante para Política Externa e Segurança Comum da União Europeia (UE), Javier Solana, afirmou que o Nobel da Paz de Obama é "um tributo a sua extraordinária liderança, sua devoção pela causa da paz e sua ilimitada dedicação à diplomacia internacional".

Em comunicado, Solana se mostrou "encantado" pela concessão do Prêmio Nobel da Paz ao líder americano.

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Otan

O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, felicitou Obama pela "honra bem merecida".

Em comunicado, Rasmussen destaca o "forte compromisso para ajudar a conseguir a paz e defender os direitos humanos fundamentais, também através da Aliança Atlântica", do presidente americano.

O secretário-geral da Otan afirma concordar com o Comitê Nobel, ao considerar que Obama "fez esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre povos".

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Cuba

O site oficial Cubadebate publicou que o Nobel da Paz concedido a Obama é um prêmio para promessas e boas intenções, na primeira reação cubana ao anúncio da premiação.

"É um prêmio às promessas e boas intenções, pois, com apenas nove meses no poder e pouco de concreto a mostrar, se converteu no terceiro presidente americano a obtê-lo", afirma o site, onde o ex-ditador cubano Fidel Castro publica habitualmente seus artículos.

"Na mesma semana em que se concedeu a Obama o Nobel da Paz, o Senado dos Estados Unidos aprovou o maior orçamento militar da história, com US$ 626 bilhões", acrescenta o canal oficial, em referência ao orçamento do Pentágono aprovado recentemente.

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Irã

O Irã foi a primeira nação que não mantém relações cordiais com os Estados Unidos a reagir à notícia. "Esperamos que o prêmio o incentive a abrir o caminho para a justiça no mundo", afirmou Ali Akbar Javanfekr, conselheiro do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

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Liga Árabe

O chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, se declarou muito contente com o Prêmio Nobel da Paz para o presidente Obama e expressou sua esperança de que isso ajude nos esforços de solução do conflito no Oriente Médio.

"É uma expressão de que o mundo está convencido pelo que [Obama] diz, seja sobre o desarmamento nuclear ou sobre sua intenção de encontrar soluções imediatas para os problemas do mundo, entre eles o conflito árabe-israelense", afirmou Moussa.

"Esperamos que este prêmio ajude a intensificar os esforços de paz no Oriente Médio e contra-atacar os esforços negativos e contrário à paz", acrescentou.

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Vaticano

O Vaticano, por sua vez, espera que a concessão do prêmio contribua para o desarmamento nuclear e a paz mundial, indicou a Santa Sé em uma declaração oficial.

"A atribuição do Nobel da Paz ao presidente Obama foi recebida com apreço no Vaticano, principalmente pelo compromisso mostrado em favor da paz internacional e, em particular, pelo apoio ao desarmamento nuclear, com declarou recentemente", afirmou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"Esperamos que, com esse prêmio, se incentive posteriormente esse difícil e fundamental compromisso para o futuro da humanidade", acrescentou.

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Canadá

No Canadá, o primeiro-ministro Stephen Harper felicitou o presidente Obama. "Acho que é um grande prêmio para alguém que, obviamente, conseguiu muitas coisas em sua vida. E estou muito contente, por ele e sua família (...)", afirmou Harper.

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Índia

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, se mostrou "encantado" com o prêmio de Obama. Em carta a Obama divulgada em comunicado oficial, disse que a decisão reflete "as qualidades de liderança" do presidente e a "nova perspectiva" que trouxe ao mundo quanto às relações entre diferentes países e culturas.

"Suas recentes declarações de que a América atual tem suas raízes na Índia do Mahatma Gandhi têm uma particular ressonância na Índia", disse o primeiro-ministro.

Singh se referiu assim à declaração feita por Obama por ocasião do 140º aniversário do nascimento de Gandhi, em 2 de outubro, na qual assegurou que Martin Luther King compartilhava os ideais de Mahatma, que ajudaram a "transformar a sociedade americana através do movimento pelos direitos civis".

O primeiro-ministro elogiou que Obama dê preferência ao diálogo como 'instrumento político" fundamental e seu 'empenho" em abordar os problemas sem ser excludente.

A presidente indiana, Pratibha Patil, felicitou Obama e disse que a concessão do prêmio inspirará todos aqueles que apostam em promover "a paz internacional e a justiça para conseguir uma duradoura harmonia e fraternidade entre as nações", segundo uma nota oficial.

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Bolívia

O governo da Bolívia disse que o prêmio foi reconhecimento pelo "muito que [Obama] fez pelos direitos do povo americano".

O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, disse aos jornalistas em La Paz que comemora esta nomeação, apesar de que, segundo sua opinião, Obama "tem suas dificuldades" por ser "prisioneiro de uma maquinaria imperial".

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
Obrigado pela dica! Um bom documentario sobre o poder dos bancos. sem opinião
avalie fechar
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Para J.R.:
Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
Assista ao documentário de Charlie Sheen "a verdade liberta voce" no youtube. Vai gostar de ligar os pontinhos...
sem opinião
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Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Bom, vamos esperar que parte desses BILHÕES sejam destinados à retirada de tropas dos países que eles invadiram. E esperar que este valor não seja atrelado à dívida externa dos mesmos... 4 opiniões
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