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23/10/2009 - 14h58

Irã adia resposta a acordo de enriquecimento de urânio, diz TV

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da Folha Online

Após a aprovação da Rússia, França e Estados Unidos, o governo iraniano decidiu adiar até a próxima semana sua resposta oficial à proposta de um acordo para o enriquecimento de seu urânio em solo russo, disse a TV estatal iraniana. O Irã rompe assim com o prazo estipulado pelos quatro países durante encontro nuclear em Viena, na Áustria, para debater o tema e alimenta as especulações de que não está disposto a ceder como esperam as potências.

"Nós daremos nossa resposta ao senhor [Mohamed] ElBaradei na próxima semana", disse Ali Asghar Soltanieh, representante do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão chefiado por ElBaradei.

O acordo estabelece que o país enviará a maior parte de seu urânio enriquecido para a Rússia --o que retira do solo iraniano a maior parte do material necessário para a fabricação de uma bomba nuclear. Segundo as cláusulas definidas na reunião multilateral, os países tinham até esta sexta-feira para aprovar o documento.

O regime iraniano nega que tenha intenções bélicas com o programa nuclear e diz que enriquece urânio apenas para produzir combustível para reatores nucleares de pesquisas, principalmente para produzir isótopos usados para tratar alguns tipos de câncer. Teerã afirmou ainda que não abrirá mão do que chama de direito inalienável a um programa nuclear.

O acordo em debate visa a definir os termos do envio de cerca de 1,2 tonelada de urânio pouco enriquecido à Rússia, onde deve ser enriquecido até 19,75% de pureza --o suficiente para gerar energia e incapaz de produzir armas nucleares. Para fabricar uma bomba atômica, são necessários cerca de 2.000 quilos de urânio enriquecido acima de 90%.

O urânio enriquecido seria então transferido à França, onde seria transformado em combustível nuclear e depois devolvido ao Irã para uso em um reator científico em Teerã. Esse reator funcionava até agora com combustível atômico de fabricação argentina, recebido em 1993 e que está acabando.

O texto estabelece ainda a supervisão da AIEA sobre o processo.

Em troca, o Irã entregaria parte dos 1.500 quilos de urânio que enriqueceu apesar das sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

O Irã está submetido a três séries de sanções do Conselho de Segurança por desafiar os pedidos para congelar o enriquecimento de urânio. As sanções incluem a embargos a todas as transferências de materiais nucleares ou tecnologias que possam ser usadas para a atividade.

Com Reuters e France Presse

 

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