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06/11/2009 - 10h29

Sobe para 13 número de mortos em ataque em base dos EUA

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da Folha Online

O número de mortos em um ataque a tiros por um major nesta quinta-feira na base militar de Fort Hood, no Estado americano do Texas, subiu para 13, informou o Exército em comunicado. Segundo a rede de televisão CNN, a nova vítima é uma mulher que não resistiu aos ferimentos. O ataque, que levou a uma troca de tiros entre os militares, deixou ainda 30 feridos.

O major Nidal Malik Hassan , suspeito de ser o autor dos tiros, atuou sozinho e está hospitalizado em estado estável, disse mais cedo o general norte-americano Bob Cone, porta-voz da base.

A informação contraria a versão inicial do Pentágono de que três militares estavam envolvidos no tiroteio. Os outros dois soldados detidos como suspeitos de envolvimento foram interrogados e liberados.

Os primeiros relatórios informavam que Hassan tinha morrido, mas Cone indicou em duas ocasiões durante a entrevista coletiva que este permanece com vida e que sua condição se mantém estável. O militar não explicou as razões pelas quais se disse no princípio que o autor do ataque teria morrido e se limitou a assinalar que se deveu a certa confusão no hospital onde se atendiam os feridos.

O ataque começou às 13h30 (17h30 no horário de Brasília) no Centro Soldier Readiness, onde os soldados que estão prestes a serem enviados para o campo de batalha ou que estão voltando da guerra passam por exames médicos. Perto de lá, alguns soldados lideravam uma cerimônia de graduação em um teatro com cerca de 600 pessoas, entre tropas e familiares.

Segundo as agências de notícias, Hassan, começou a atirar com duas armas --uma delas semiautomática. Os soldados que estavam no local reagiram e atiraram de volta, atingindo Hassan. Há suspeita de algumas das vítimas foram atingidas por fogo amigo em meio ao tiroteio.

Cone afirmou que não há indicação de que as armas eram do Exército ou de que este foi um ataque com motivações terroristas. Ele afirmou ainda que o FBI (polícia federal americana) e os especialistas forenses do Exército estão investigando o crime.

Medo da guerra

Hassan, 39, é um psiquiatra com treinamento militar que tratava soldados feridos em guerra ou que se preparavam para ir ao fronte de batalha.

Muçulmano nascido nos Estados Unidos e filho de imigrantes palestinos, ele cresceu na Virgínia. Serviu como psiquiatra no Centro Médico Militar Walter Reed em Washington, capital, que trata principalmente militares feridos gravemente.

Um primo de Hassan, Nader, afirmou à rede Fox News que ele se opunha às guerras no Iraque e no Afeganistão e estava preocupado com a notícia de que seria enviado em breve para o fronte de batalha.

"Nós sabemos há cinco anos que este era provavelmente seu pior pesadelo", afirmou, em referência à sua transferência para o fronte de batalha.

Segundo Nader, o primo foi transferido para a base de Fort Hood há meses e estava muito relutante com a notícia de que seria transferido por um semestre para o Iraque.

Ele disse ainda que Hassan chegou a contratar um advogado para deixar o Exército, "mas havia chegado ao limite de suas possibilidade". Ele disse ainda que seu primo jamais demonstrou ter um caráter violento.

Já a senadora Kay Bailey Hutchison afirmou que os generais de Fort Hood lhe disseram que Hassan seria enviado ao Afeganistão. Segundo o coronel aposentado Terry Lee, que disse ter trabalhado com Hassan, ele aguardava que o presidente Barack Obama anunciasse a retirada das tropas e frequentemente brigava com os colegas de base que apoiavam as guerras.

Com agências internacionais

 

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