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06/11/2009 - 14h00

Lugo destitui comandante máximo do Exército e completa troca da cúpula

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da Folha Online

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, destituiu nesta sexta-feira o comandante máximo do Exército do Paraguai, o contra-almirante Cíbar Benítez, 48 horas depois de esvaziar a cúpula das três armas, informou o governo. A substituição da cúpula militar foi vista por analistas militares como uma resposta do presidente a seus opositores, que ameaçavam derrubá-lo.

Lugo havia advertido anteriormente sobre a presença de "bolsões golpistas" nas Forças Armadas, que mantêm reuniões com políticos da oposição, mas descartou "qualquer risco de golpe de Estado, ao menos promovido pelos militares".

"Institucionalmente as Forças Armadas não se prestarão a nenhum tipo de intentona golpista", disse em entrevista à imprensa. Menos de 24 horas depois, anunciou num surpreendente comunicado a destituição de seus três comandantes de armas.

Um comunicado oficial diz que Benítez será substituído pelo ex-comandante do Exército, general Juan Oscar Velázquez, considerado um homem de plena confiança do chefe de Estado.

Na quarta-feira passada, Lugo já havia destituído comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea do Paraguai, em uma inesperada decisão divulgada em nota oficial.

Lugo substituiu o então chefe do Exército, general Velázquez, pelo general Bartolomé Pineda, o contra-almirante Claudelino Recalde pelo contra-almirante Egberto Orué, na Marinha, e nomeou para liderar a Força Aérea o general Hugo Aranda, no lugar do general Darío Dávalos.

Bénitez havia sido mantido no cargo na ocasião.

A inesperada exoneração da cúpula militar do Paraguai por parte do presidente foi uma resposta a seus opositores, que ameaçavam derrubá-lo, como aconteceu com Manuel Zelaya em Honduras, segundo analistas consultados pela agência de notícias France Presse.

"Foi levantada a questão da conspiração e a resposta aos que querem levar o presidente a um beco sem saída foi esta. Definitivamente, Lugo não quer seguir os passos do presidente Zelaya", afirmou o observador militar Horacio Galeano, que foi ministro da Educação há até quatro meses.

A Constituição paraguaia estabelece que o presidente pode ser afastado por dois terços dos votos do Congresso. A popularidade de Lugo --um ex-bispo que deixou a batina para ser presidente-- vem caindo desde o escândalo da paternidade, quando três mulheres disseram ter tido filhos com ele.

Em maio passado, depois de um escândalo na imprensa, o governante admitiu e reconheceu um filho de 2 anos, Guillermo Armindo, fruto de sua união com Viviana Carrillo, de 25 anos.

Com Efe e France Presse

 

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