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Polícia dos EUA faz busca no apartamento de major que matou 13 em base
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da Folha Online
A polícia americana realizou nesta sexta-feira uma busca pelo apartamento do major Nidal Malik Hassan, principal suspeito de ter matado a tiros 13 pessoas na base militar de Fort Hood, no Estado americano do Texas. Uma vizinha, contudo, afirmou à agência de notícias Associated Press que Hassan esvaziou o apartamento dias atrás.
Os agentes do FBI (polícia federal americana) buscavam pistas no apartamento na cidade vizinha de Killeen dos motivos que levaram Hassan, 39, psiquiatra com treinamento militar, a atirar nos colegas militares, disse Carol Smith, porta-voz da polícia de Killeen, à rede de TV CNN.
A vizinha de Hassan Patricia Villa disse à agência que o major veio ao seu apartamento na manhã de quarta-feira passada (4) e afirmou que estava sendo mandando para fora do país nesta sexta-feira. Ele deu a ele brócolis congelado, espinafre, camisetas, prateleiras e um Alcorão.
Segundo Villa, o major voltou na quinta-feira (5) de manhã --horas antes do ataque-- para entregar seu colchão de ar e um abajur. Ele ofereceu ainda US$ 60 para que ela limpasse seu apartamento nesta sexta-feira pela manhã, depois que ele deixasse o local.
Hassan, 39, tratava soldados feridos em guerra ou que se preparavam para ir ao fronte de batalha. Muçulmano nascido nos Estados Unidos e filho de imigrantes palestinos, ele cresceu na Virgínia. Serviu como psiquiatra no Centro Médico Militar Walter Reed em Washington, capital, que trata principalmente militares feridos gravemente.
Um primo de Hassan, Nader, afirmou à rede Fox News que ele se opunha às guerras no Iraque e no Afeganistão e estava preocupado com a notícia de que seria enviado em breve para o fronte de batalha. "Nós sabemos há cinco anos que este era provavelmente seu pior pesadelo", afirmou, em referência à sua transferência para o fronte de batalha.
Segundo Nader, o primo foi transferido para a base de Fort Hood há meses e estava muito relutante com a notícia de que seria transferido.
Já a senadora Kay Bailey Hutchison afirmou que os generais de Fort Hood lhe disseram que Hassan seria enviado ao Afeganistão. Segundo o coronel aposentado Terry Lee, que disse ter trabalhado com Hassan, ele aguardava que o presidente Barack Obama anunciasse a retirada das tropas e frequentemente brigava com os colegas de base que apoiavam as guerras.
Ataque
Segundo Bob Cone, porta-voz da base, Hassan atuou sozinho e está hospitalizado em estado estável. A informação contraria a versão inicial do Pentágono de que três militares estavam envolvidos no tiroteio. Os outros dois soldados detidos como suspeitos de envolvimento foram interrogados e liberados.
O ataque começou às 13h30 (17h30 no horário de Brasília) no Centro Soldier Readiness, onde os soldados que estão prestes a serem enviados para o campo de batalha ou que estão voltando da guerra passam por exames médicos. Perto de lá, alguns soldados lideravam uma cerimônia de graduação em um teatro com cerca de 600 pessoas, entre tropas e familiares.
Segundo relatos "não confirmados" de soldados presentes na base, Hassan gritou a expressão árabe "Allahu Akbar", que significa "Deus é grande", antes de abrir fogo contra os colegas.
Segundo as agências de notícias, Hassan, começou a atirar com duas armas --uma delas semiautomática. Os soldados que estavam no local reagiram e atiraram de volta, atingindo Hassan. Há suspeita de algumas das vítimas foram atingidas por fogo amigo em meio ao tiroteio.
Cone afirmou que não há indicação de que as armas eram do Exército ou de que este foi um ataque com motivações terroristas. Ele afirmou ainda que o FBI (polícia federal americana) e os especialistas forenses do Exército estão investigando o crime.
Com agências internacionais
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