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05/11/2003 - 14h17

Bush diz que EUA estão "em guerra" e promete prender Saddam

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da Folha Online

Face ao aumento dos ataques contra americanos no Iraque, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse que o ex-presidente Saddam Hussein está tentando irritar as tropas de ocupação e prometeu que os Estados Unidos vão prender o ex-ditador iraquiano.

"Nós vamos pegá-lo, vamos encontrá-lo", disse Bush, em sua primeira declaração em que reconhece que os EUA consideram que Saddam está vivo e por trás da oposição armada iraquiana que ataca as tropas dos EUA no Iraque.

Bush deu as declarações sobre Saddam e os ataques contra os americanos no Iraque ontem durante sua visita ao sul da Califórnia.

Seis meses após declarar o fim dos principais combates no Iraque, em 1º de maio, Bush voltou a afirmar que os "EUA estão em guerra". "Estamos em guerra e é essencial que os americanos não se esqueçam das lições de 11 de Setembro. Continuamos sendo vulneráveis", disse.

Fuga e captura

Desde os ataques aéreos contra Bagdá (capital iraquiana), ocorridos entre os meses de março e abril, a administração Bush negava-se a dizer se Saddam estava morto ou vivo. Mas isto começou a mudar recentemente, quando o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse na semana passada que os ataques hostis contra os americanos acontecem enquanto Saddam está em liberdade.

Algumas autoridades americanas disseram ter dúvida sobre se Saddam estaria coordenando os ataques contra americanos, já que ele (Saddam) deve gastar a maior parte de seu tempo tentando evitar sua captura.

No domingo (2), a derrubada de um helicóptero norte-americano se transformou no pior golpe da resistência iraquiana contra os EUA no pós-guerra.

O ataque ao helicóptero deixou um saldo de 16 soldados americanos mortos e 20 feridos. Total de baixas americanas superior a este número --em um único ataque-- ocorreu apenas em 23 de março, terceiro dia da guerra, quando 28 soldados dos EUA morreram.

Desde o início da guerra, mais de 376 soldados dos EUA morreram --253 em combate, de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA. Segundo levantamentos da ONU (Organização das Nações Unidas), entre 4.500 e 9.000 iraquianos morreram desde 20 de março, quando os EUA deram início à Guerra do Iraque.

Espanha

Ontem a ministra das Relações Exteriores da Espanha, Ana Palacio, confirmou a retirada "temporária" de civis espanhóis de Bagdá (capital do Iraque). A retirada dos civis espanhóis do Iraque demonstra um enfraquecimento na ajuda oferecida aos EUA. Espanha e Reino Unido foram os principais aliados dos Estados Unidos na Guerra do Iraque.

A ministra espanhola disse que ficam em Bagdá o negociador Eduardo de Quesada e o número um da delegação da Espanha, o diplomata Pablo Rupérez. Palacio não mencionou o nome das outras duas pessoas que ainda permanecerão na capital iraquiana. Ela disse que os quatro também devem deixar Bagdá.

De acordo com Palacio, o governo espanhol resolveu retirar seu pessoal civil de Bagdá devido "ao momento complicado" que atinge o país e principalmente Bagdá.

Com agências internacionais

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