Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/11/2009 - 10h39

Obama admite que não poderá fechar Guantánamo no prazo estabelecido

Publicidade

da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu pela primeira vez nesta quarta-feira que o país não conseguirá fechar a prisão para suspeitos de terrorismo de Guantánamo, em Cuba, no prazo estabelecido por seu governo --22 de janeiro de 2010.

A prisão militar de Guantánamo foi criada de improviso para receber os suspeitos presos durante a "guerra ao terror" do governo de George W. Bush.

A maioria dos detentos passam anos em Guantánamo sem acusação formal ou julgamento, graças a um "buraco negro" legal criado pelos EUA que exclui os prisioneiros das leis da Convenção de Genebra (já que não são prisioneiros de guerra comuns) e da lei americana (já que a prisão fica fora dos EUA).

Obama ordenou o fechamento da prisão dois dias após sua posse, em janeiro deste ano, mas, desde então, enfrentou desafios legais, administrativos, políticos e diplomáticos.

O principal deles é o que fazer com os prisioneiros que ainda estão na prisão, já que muitos não podem voltar para seus países de origem, há poucos países interessados em recebê-los como asilados e os americanos resistem em colocar os condenados em prisões comuns dentro de seu território.

Em outro golpe à medida, o conselheiro legal da Casa Branca, Gregory Craig, responsável pelo processo de fechamento da prisão, renunciou no último dia 13 após ficar decepcionado com o processo político.

Em entrevista à Fox News, Obama adotou nesta quarta-feira um tom mais cauteloso e disse preferir não estabelecer prazos para o fechamento, apesar de esperar que ocorra ainda em 2010. Obama disse ainda que um novo prazo depende da cooperação do Congresso.

O democrata disse ainda não estar desapontado com o fracasso em cumprir o prazo, já que percebeu que as coisas se movem mais devagar do que ele esperava em Washington.

Com France Presse e Associated Press

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página