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20/11/2009 - 22h25

Congressista americano critica Lula por receber presidente do Irã

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da Folha Online

O presidente da Subcomissão para a América Latina da Câmara de Deputados dos Estados Unidos, o democrata Eliot Engel, criticou nesta sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por receber o colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad --que chegará ao Brasil na próxima segunda-feira (23).

"O presidente Lula está cometendo um grave erro", disse Engel por meio de um comunicado. "O Irã executou dois atentados terroristas letais em solo sul-americano nos anos 90, pede a destruição de Israel e desenvolve armas nucleares em segredo", afirmou o influente congressista.

"Lula não deveria legitimar Ahmadinejad encontrando-se com ele no Brasil", acrescentou.

O governo brasileiro indicou seu desejo de dialogar com o Irã, ao invés de isolá-lo para tentar fazer com que o país desista de prosseguir com seu programa nuclear.

Em entrevista coletiva após a cúpula do G20 em Pittsburgh (nos Estados Unidos), há dois meses, Lula afirmou que pretendia aumentar as relações comerciais com o Irã, apesar da confirmação de que o país havia construído mais uma usina nuclear em segredo.

A posição do presidente brasileiro não foi bem recebida por alguns membros do Congresso americano.

"O Brasil é um país democrático que passa por um acelerado processo de modernização, quer entrar no Conselho de Segurança da ONU e também deseja ser um líder mundial. Espero sinceramente que chegue a esse ponto, mas ampliar seus vínculos com Ahmadinejad não é o caminho", afirmou Engel.

O porta-voz do departamento americano de Estado Robert Wood evitou nesta sexta-feira comentar a visita de Ahmadinejad ao Brasil, alegando que é um assunto bilateral, mas estimou que a decisão do governo brasileiro deve "elevar as preocupações" dos EUA.

Washington acusa o Irã de tentar obter uma bomba atômica, enquanto Teerã afirma que desenvolve um programa nuclear com fins exclusivamente civis.

Lula rebate as críticas à visita de Ahmadinejad afirmando que busca fomentar um diálogo para contribuir com a paz no Oriente Médio, e oferece o Brasil como um interlocutor para a região.

 

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