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22/11/2003
-
14h33
da France Presse, em Tbilisi
O presidente Eduard Shevardnadze, 75 anos, que decretou estado de emergência neste sábado na Geórgia, dominou a vida política de seu país desde os anos 70.
Depois disso, ele se tornou líder da diplomacia soviética na época da Perestroika (reestruturação) e chegou em 1995 à presidência da Geórgia, independente desde a queda da URSS.
Nascido em 25 de janeiro de 1928 na cidade georgiana de Mamati, Shevardnadze aderiu ao PCUS (Partido Comunista da União Soviética) aos 20 anos, depois de ter passado dois anos nos Komsomols (Juventudes da Geórgia) e nas Juventudes Comunistas da URSS, de 1946 a 1948.
Shevardnadze ocupou diversos cargos nos órgãos do partido, entre eles o de primeiro-secretário da região de Mtskheta (perto de Tbilisi).
Em 1965, foi nomeado ministro da Proteção da ordem pública da República Soviética da Geórgia, e em 1968 foi designado ministro do Interior, cargo que deixou quatro anos depois.
Shevardnadze exerceu as funções de primeiro-secretário do Partido Comunista georgiano de 1972 a 1985. Foi chamado em Moscou por Mikhail Gorbatchev, que iniciou a Perestroika e o designou ministro soviético das Relações Exteriores em 1985. Desde então passou a integrar o Birô Político.
Ele renunciou à chancelaria soviética em dezembro de 1990 para protestar contra "a ditadura que se aproximava", e seis meses depois abandonou o Partido Comunista.
Ao ser derrubado o presidente Zviad Gamasakhurdia, Shevardnadze retornou à Geórgia em março de 1992, ocupando a função de presidente do Conselho de Segurança.
Uma guerra civil, que deixou milhares de mortos, começou nesta época na república vizinha independentista da Abkházia.
Ao se tornar o homem forte de Tbilisi, tratou de instalar um Estado de direito, mas não conseguiu erradicar a corrupção. Eleito presidente em novembro de 1995, foi reeleito em abril de 2000 para um segundo mandato de cinco anos.
Shevardnadze, que quase morreu em dois atentados --um com carro-bomba em 1995 e outro com lança-foguetes contra seu carro em 1998-- apostou numa política de aproximação de seu país com os Estados Unidos, conseguindo que a ajuda de Washington seja a mais importante que recebe a Geórgia.
Eduard Shevardnadze é sóbrio, come pouco, bebe um copinho de conhaque "quando se sente tranquilo", e gosta de falar de cinema, segundo seus amigos.
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O presidente Eduard Shevardnadze, 75 anos, que decretou estado de emergência neste sábado na Geórgia, dominou a vida política de seu país desde os anos 70.
Depois disso, ele se tornou líder da diplomacia soviética na época da Perestroika (reestruturação) e chegou em 1995 à presidência da Geórgia, independente desde a queda da URSS.
Nascido em 25 de janeiro de 1928 na cidade georgiana de Mamati, Shevardnadze aderiu ao PCUS (Partido Comunista da União Soviética) aos 20 anos, depois de ter passado dois anos nos Komsomols (Juventudes da Geórgia) e nas Juventudes Comunistas da URSS, de 1946 a 1948.
Shevardnadze ocupou diversos cargos nos órgãos do partido, entre eles o de primeiro-secretário da região de Mtskheta (perto de Tbilisi).
Em 1965, foi nomeado ministro da Proteção da ordem pública da República Soviética da Geórgia, e em 1968 foi designado ministro do Interior, cargo que deixou quatro anos depois.
Shevardnadze exerceu as funções de primeiro-secretário do Partido Comunista georgiano de 1972 a 1985. Foi chamado em Moscou por Mikhail Gorbatchev, que iniciou a Perestroika e o designou ministro soviético das Relações Exteriores em 1985. Desde então passou a integrar o Birô Político.
Ele renunciou à chancelaria soviética em dezembro de 1990 para protestar contra "a ditadura que se aproximava", e seis meses depois abandonou o Partido Comunista.
Ao ser derrubado o presidente Zviad Gamasakhurdia, Shevardnadze retornou à Geórgia em março de 1992, ocupando a função de presidente do Conselho de Segurança.
Uma guerra civil, que deixou milhares de mortos, começou nesta época na república vizinha independentista da Abkházia.
Ao se tornar o homem forte de Tbilisi, tratou de instalar um Estado de direito, mas não conseguiu erradicar a corrupção. Eleito presidente em novembro de 1995, foi reeleito em abril de 2000 para um segundo mandato de cinco anos.
Shevardnadze, que quase morreu em dois atentados --um com carro-bomba em 1995 e outro com lança-foguetes contra seu carro em 1998-- apostou numa política de aproximação de seu país com os Estados Unidos, conseguindo que a ajuda de Washington seja a mais importante que recebe a Geórgia.
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