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Democratas consideram criar imposto para a guerra no Afeganistão
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EMMANUEL PARISSE
da France Presse, em Washington
Os democratas do Congresso dos Estados Unidos, pouco entusiasmados com a ideia de enviar reforços para o Afeganistão, consideram a possibilidade de criar um imposto para financiar um novo deslocamento de tropas e limitar, assim, um impacto sobre o deficit do país. Conforme anúncio feito ontem (1º) pelo presidente Barack Obama, os novos planos para a guerra custarão US$ 30 bilhões (mais de R$ 51 bilhões) no próximo ano.
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Os parlamentares democratas, mais reticentes ante esta guerra que começou em 2001, não bloquearão o caminho para a liberação de reforços, que representará o envio de mais 30 mil soldados. Mas, num contexto de deficit orçamentário recorde (US$ 1,417 trilhão em 2008-09, 10% do PIB), e fustigados diariamente pela oposição republicana, vários líderes democratas consideram necessário encontrar novos recursos.
Na Câmara de Representantes, eles apresentaram semana passada um projeto de lei criando uma taxa suplementar para financiar as despesas futuras no Afeganistão, sob o nome de "Lei de Partilha do Sacrifício".
Entre eles, John Murtha, que preside a comissão de controle das finanças do Pentágono, e Dave Obey, líder da comissão encarregada de distribuir as despesas federais, afirmam que "se esta guerra deve acontecer, cada um deve partilhar seu peso".
O texto prevê, no entanto, um prazo de um ano para sua aplicação, se o presidente julgar a economia ainda muito frágil.
Os ex-combatentes que serviram no Iraque e no Afeganistão desde o 11 de Setembro ficariam isentos, assim como as famílias dos soldados mortos em combate.
O imposto, gradual, seria dividido em três parcelas: as famílias com renda de até US$ 150 mil (mais de R$ 258 mil) por ano suportariam uma taxa de 1%; as com rendimento entre US$ 150 mil e US$ 250 mil (mais de R$ 430 mil) e as que ganhassem mais de US$ 250 mil arcariam com uma alíquota variável, em função do custo da guerra no ano precedente.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, adotou prudência nesta terça-feira durante uma videoconferência com economistas, afirmando que não "sabe o que o presidente vai anunciar". "Mas deixe-me dizer a vocês que há um grande mal-estar em nosso grupo [democrata] sobre a seguinte questão: teremos os meios para sustentar esta guerra?"
Do lado do Senado, o presidente da comissão de Defesa, Carl Levin, foi favorável à cobrança de um imposto suplementar. Em entrevista à televisão Bloomberg, na sexta-feira, ele afirmou: "acho que devemos encontrar uma solução, particularmente entre os que têm rendimentos mais elevados".
Levin tem como alvo as famílias com rendimentos de mais de US$ 200 mil ou US$ 250 mil.
O lado republicano é menos receptivo à ideia de uma nova taxa. "O senador McCain se opõe categoricamente aos aumentos de impostos e faz um apelo aos responsáveis pelas finanças no Congresso a eliminar despesas inúteis", informou o escritório do senador, que atua na comissão de Defesa.
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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