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Prazo do Irã continua sendo até final deste ano, diz Casa Branca
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da Reuters, em Washington
O tempo está se esgotando para o Irã evitar sanções sobre seu programa nuclear, disse um porta-voz da Casa Branca nesta quinta-feira, e o prazo do governo de Teerã para responder às exigências internacionais ainda é até o fim do ano. "O tempo está se esgotando. O prazo é até o fim do ano", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a jornalistas em coletiva.
O Irã resiste a um acordo com as potências ocidentais que visaria diminuir os questionamentos em relação ao seu programa nuclear. Para as potências, o programa busca uma bomba, mas o Irã o mantém sob argumento de que tem direito de perseguir energia nuclear pacífica e que precisa de combustível nuclear para alimentar um reator com fins medicinais.
Conforme a última proposta de acordo da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o Irã trocaria urânio pouco enriquecido (a 3,5%) por urânio enriquecido a 20% desde que esses processos de enriquecimento fossem realizados em outros países, como a França. Essa ideia foi aprovada pelas potências, mas acabou negado pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Gibbs disse nesta quinta-feira que estava "bem claro" que os iranianos estavam abandonando o acordo.
Ontem (2), Ahmadinejad afirmou, em cadeia de TV, que seu país produzirá, "sozinho", todo o urânio enriquecido a 20% de que precisar para fabricar combustível nuclear para seu reator.
"Eu declaro aqui que, com a graça de Deus, a nação iraniana irá produzir sozinha 20% e tudo o mais que precisar", disse Ahmadinejad, diante de uma multidão animada, em Ispahan. "Nós dissemos a eles 'deem combustível 20%', mas daí eles começaram a impor condições. Então nós dissemos 'se vocês quiserem dar o combustível, nós pegaremos, se não, então tudo bem e obrigado'", relatou o presidente aos iranianos.
"Nós estávamos interessados, desde o início, em resolver todos os problemas relacionados à questão nuclear. Agora, em nossa opinião, está acabado. Não importa o quanto eles chorem", afirmou Ahmadinejad.
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