Publicidade
Publicidade
Governo Morales promete industrialização intensa no segundo mandato
Publicidade
FLÁVIA MARREIRO
enviada especial da Folha de S. Paulo a La Paz (Bolívia)
Nos comícios pelo país, o vice-presidente Álvaro García Linera, espécie de ideólogo-explicador do governo Evo Morales, promete que os próximos cinco anos na Bolívia serão de industrialização intensiva --uma espécie de plano quinquenal à moda desenvolvimentista dos anos 50.
A proposta soa razoável num país que, no último governo, passou a depender ainda mais da exportação de commodities --80% da economia depende da exportação de gás e minérios-- e que nem sequer produz uma folha de papel, por exemplo.
Para tentar sanar o problema do papel, La Paz, convencida de que o Estado deve controlar até 35% da economia, criou a Papelbol, uma da série de estatais "bol" lançadas pelo governo. Há ainda a Cartonbol (de papelão) e Lactobol --a última é uma das poucas que começam a sair do papel.
Linera diz que uma das metas do novo mandato é reforçar as empresas, carentes de quadros técnicos, algo que se reflete também no governo central.
A fragilidade do Estado também aparece num dos dados mais negativos para o governo: a baixa capacidade de execução do Orçamento. Isso faz com que, até agora, só 35% do dinheiro destinado para 2009 tenha sido efetivamente gasto.
O mesmo acontece com o dinheiro da cooperação internacional, e Morales admitiu o problema em comício na última terça-feira, em Santa Cruz.
A dificuldade impediu a Bolívia de usar a contento a bonança gerada pelo gás --tanto pela alta no mercado mundial, como pela renegociação compulsória dos contratos com as petroleiras-- para além do pagamentos de programas de transferência de renda, as estrelas da política social do governo.
O governo do esquerdista Morales conseguiu, porém, arrancar elogios do FMI (Fundo Monetário Internacional), por conta da política macroeconômica ortodoxa. Apesar do gasto público estimado em 45% do PIB, o governo amealhou US$ 9 bilhões em reservas.
Mas para o economista Gonzalo Chávez, diretor do Mestrado em Desenvolvimento da Universidade Católica da Bolívia (UCB), a fotografia macroeconômica favorável esconde problemas como a apreciação do câmbio, mantido praticamente fixo pelo governo, o que contribuiu para solapar a frágil indústria boliviana de têxteis.
"Esse tipo de câmbio favorece um setor: o comércio informal, que triplicou enquanto a indústria encolheu", diz ele.
A importação cresceu de US$ 1,9 bilhão em 2005 para US$ 6 bilhão entre 2005 e 2009, aponta. "E o que está por trás da economia informal são os movimentos sociais, que são sustentação ao governo."
Vivem dessa prática, por exemplo, muitos apoiadores de Morales, como os moradores de El Alto, cidade de 800 mil pessoas na Grande La Paz.
Leia mais notícias sobre as eleições na Bolívia
- Bolívia busca mercado e dinheiro para gás
- Morales encerra campanha pedindo mais 5 anos para "acelerar mudanças"
- Filho de Evo Morales vai à TV pedir casa ao presidente boliviano
Outras notícias internacionais
- OEA faz reunião sobre Honduras com pouca expectativa de consenso
- Suposto serial killer declara-se inocente por demência nos EUA
- Polícia mexicana liberta 107 pessoas exploradas em clínica de reabilitação
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
avalie fechar
Mal informado o sr. está.
O Gás GLP é uma coisa, derivado do petróleo, utilizado em Botilhões de Gás. E na maioria das residencias do Brasil. Este sim teve aumento absurdo.
O Gás GN que vem da bolívia através tubulação, e que é utilizado por Residencias, Industrias, Comercios, não tem aumento desde 16/07/2006.
O GNV, utilizado em carros, sua última Tabela de preços é de 01/07/2009.
Ou seja, criticar somente por criticar o Evo Morales, é uma coisa, mas antes por favor saiba a diferença entre:
GLP & GN
Outra coisa, se diz muito da Bolívia, mas tivemos eleições lá de forma diréta e democrática, se o povo quis novamente o Evo Morales, aqui no Brasil se tem que respeitar e se for criticar saber criticar.
Nós não somos donos da razão temos direitos & deveres, temos que saber quando um extrapola o outro. Cuida Brasil, cada macâco no seu galho, blza?.
avalie fechar